Justiça fecha Museu da Diversidade Sexual em SP após denúncia de deputado bolsonarista

Após denúncia realizada pelo deputado estadual bolsonarista Gil Diniz, do PL, o Museu da Diversidade Sexual de São Paulo foi fechado nesse sábado, 30 de abril. Segundo Diniz, há irregularidades na destinação de verbas para o projeto.

A exposição Duo Drag, prevista para acontecer no mesmo dia da interdição do espaço, foi cancelada. Com duração até junho, a Duo Drag exibida fotografias de vários artistas drags como Silvetty Montilla, Kaká Di Polly, Lysa Bombom, Miss Judy Rainbow e Márcia Pantera. Além das fotos, a exposição também mostraria vídeos com relatos da vida real dessas drag queens. Ao todo, seriam mais de 50 artistas drags da cena paulistana desde 1980.
A decisão do fechamento do Museu da Diversidade foi acatada pela juíza Carmen Cristina Teijeiro de Oliveira. Segundo a magistrada, o instituto Odeon, responsável pelo museu, não é completamente confiável ao destinar e receber verbas para o local. Por isso, a juíza suspendeu o contrato da empresa com o governo de São Paulo. A Secretaria de Cultura de São Paulo afirmou que vai recorrer da decisão judicial.

No Instagram, o perfil da Parada da Diversidade de São Paulo protestou contra o fechamento do museu. A organização afirmou que no início da atual gestão do governo estadual de São Paulo, fechou o Casarão da Avenida Paulista, que seria a primeira sede do Museu da Diversidade. Depois, o governo demitiu toda a equipe do museu.

Protestos foram realizados no início do mandato do atual governo, contra o fechamento do Casarão e contra a demissão de funcionários, porém em vão. Agora, com o fechamento do Museu da Diversidade, um outro protesto foi realizado no dia 30 e abril, em frente à sede do Museu, localizado no Largo do Arouche no Centro de São Paulo.