Lindas e glamurosas, seis candidatas se apresentaram no 1° Miss Gay de Balneário Camboriú no último dia 16. Mas o glamour acabou para as candidatas nativas depois que a veterana e forasteira Bettynna Brasfont (de roxo) venceu o concurso. Agora, algumas candidatas alegam que Bettina estava além do limite de idade e que, por ser de Curitiba, não deveria ter concorrido no Miss de lá, além de grosserias como ela não ser feminina, não ter cara de miss e ter barba.
A confusão saiu no jornal Diarinho esta semana, que não poupou piadas sobre a revanche das derrotadas, estampando uma foto bem ruim da vencedora. O evento organizado no Clube Eclipse premiou a vencedora com R$1000 reais e o direito de disputar a final nacional no dia 17 de agosto, em Juiz de Fora.
Para a Lado A, Bettynna afirma que competiu honestamente e que não tem culpa que ela se saiu melhor nos outros quesitos. “O babado é que o prêmio é meu e ninguém tira, porque eu fui eleita pelos jurados. Beleza, postura, performace (show), simpatia. Em beleza admito que não ganhei”, revelou ela que disse ainda que tinha acabado de fazer a barba e não estava com “xuxu”.
“Desculpe se já tenho experiência e nos outros requisitos me dei bem. Todas elas sabiam que eu era de Curitiba e sabiam a minha idade. Por que elas não reclamaram na hora do concurso? A Isabela, que agora está reclamando antes do concurso, ficou conversando comigo durante uma hora, a mãe dela chegou a costurar o meu vestido que havia arrebentado”, comentou Bettynna.
A organização do evento promete publicar as notas dos jurados para espantar a suspeita de fraude no concurso, levantada pelas candidatas descontentes com o resultado. O I Miss Gay BC só foi possível pela participação de candidatas de fora de Balneário Camboriú, pois da cidade foram apenas duas inscrições. E ainda, entre as sete inscritas, duas delas com mais de 35 anos, a vencedora e outra participante do Paraná que não compareceu. De fato, ou se cancelava o concurso ou se admitia as participantes.
“Quero representar Santa Catarina que é terra natal da minha mãe”, disse Bettynna que espera poder participar da etapa nacional, apesar de dois anos além do limite de idade. “Abro mão (de participar da nacional) mas só se for para dar a oportunidade para o 3° lugar mas do dinheiro não abro mão porque estou toda endividada”, revela com exclusividade para a Lado A. Para ela, a segundo lugar Karina Kiss fez um show de bate cabelo e é uma drag queen, já a 3ª colocada, Jessie Lee, reúne qualidades mais fortes para se destacar na etapa nacional. As duas, aliás, são de Florianópolis.
Enquanto não resolvem, a primeira Miss Gay de Balneário Camboriú revela: “Vou ficar calma, na minha, quero mostrar para a comunidade LGBTs de BC que irei representar a cidade, não pela beleza, mas sim pelo meu caráter como cidadão brasileiro”. Arrasou!
