Redação Lado A | 18 de Outubro, 2013 | 17h19m |
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Em Março de 2012, a capital do Chile amanheceu atordoada com um crime homofóbico chocante que levou o país a criar uma lei contra crimes de ódio e preconceito contra homossexuais com o nome da vítima. Daniel Zamudio, 24 anos, foi encontrado em um parque de Santiago com sinais de tortura, uma perna quebrada e à beira da morte, com suásticas entalhadas em seu corpo. Após 22 dias entre a vida e a morte, o jovem faleceu no hospital.
As investigações mostraram que o crime foi cometido por um grupo de amigos que apesar de não terem nada de arianos gostavam da ideologia nazista. A crueldade fora real: Zamudio foi queimado com cigarros, apedrejado, atacado com garrafas, teve uma das orelhas cortada, a perna dilacerada. Patricio Ahumada Garay, Alejandro Angulo Tapia, Raul Lopez Fuentes e Fabian Mora Mora foram presos dias depois, após o crime ganhar as manchetes internacionais.
“A Justiça chilena considera este um dos crimes mais graves e prevê a pena máxima, que é prisão perpétua qualificada, ou seja, 40 anos de prisão efetiva antes da tentativa de redução da pena”, disse Jaime Silva, advogado da família Zamudio na época. É esta a condenação que a família espera. Ao anunciar a condenação o juiz descreveu o crime como de “extrema crueldade” e “total desrespeito a vida humana”.
Há um antes e depois nas leis do país depois da morte do belo jovem de classe média que reverteu a opinião pública. O projeto de lei contra a homofobia, parado no país por 7 anos, caminhou rapidamente para a aprovação no ano passado depois do crime, com apoio do presidente Sebastian Piñera.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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