IBOPE: Brasileiros não aprovam pregações religiosas contra os homossexuais

Esta semana, o IBOPE divulgou em seu site uma interessante pesquisa sobre temas polêmicos e religião. Abordando diversos temas, o estudo aponta que o brasileiro é sim conservador mas que está aprendendo a conviver com a diversidade e a ver o outro de forma menos preconceituosa. Em assuntos subjetivos a pesquisa mostra que o brasileiro não consegue entender a diversidade, e auto afirma seus preconceitos, mas quando é questionado do direito alheio, ele se coloca mais aberto a aceitar o diferente. A pesquisa do IBOPE Inteligência/CNT (Confederação Nacional dos Transportes) foi encomendada para a revista Época.

Para 45% dos entrevistados, ser homossexual é ferir os preceitos de uma religião, enquanto 49% discordam. Já 60% declarou que um líder religioso deve ser acusado pelo crime de homofobia se pregar contra homossexuais. Para 55%, o tema homossexualidade deveria ser incluído no currículo das aulas de educação sexual. Porém, 61% são contra a possibilidade das instituições religiosas realizarem a união entre pessoas do mesmo sexo, aponta a pesquisa.

Oito em cada dez brasileiros (80%) são a favor de que divorciados se casem religiosamente de novo, 76% são favoráveis à ideia de que instituições religiosas celebrem matrimônios entre casais que já tiveram relação sexual e 62% apoiam a celebração religiosa de casamentos entre casais que não praticam a religião na qual vão se casar. Sete em cada dez brasileiros (65%) são a favor de que a Igreja Católica passe a aceitar que padres possam se casar e constituir família.

No sacerdócio, 48% são contra de que mulheres exerçam o papel de padres e 46% a favor. Já 74% é contra a ideia de que a Igreja Católica aceite padres homossexuais/gays e 64% são contra a possibilidade de pessoas que não fizeram seminário celebrar missas. Sete em cada dez brasileiros (65%) são a favor de que a Igreja Católica passe a aceitar que padres possam se casar.

A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas em Dezembro em 141 municípios, 61% são católicos, 24% evangélicos e 4% de outras religiões. Mais da metade (59%) declara ser praticante. Os que não tem religião somam 10%.  A margem de erro é de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.