O futebol feminino é um ambiente tolerante às lésbicas, que amam o esporte, mas fora do campo ele não é tão tolerante assim. Prova disso é a veterana e capitã da seleção inglesa de futebol, Casey Stoney, 31, que saiu esta semana do armário. Apesar de assumida entre as colegas, ela jamais havia falado de sua vida pessoal à imprensa. “Eu estava vivendo uma mentira. Eu nunca escondi no meio do futebol, porque é aceito, mas para o mundo de fora eu nunca falei sobre minha sexualidade”, declarou a zagueira para a BBC. “Acredito que é muito importante me assumir como uma jogadora gay porque existem tantas pessoas sofrendo por serem gays. Você ouve sobre pessoas que tiram a própria vida porque são homossexuais. Isso nunca deveria acontecer. Como eu posso esperar que as pessoas se revelem se eu não estiver disposta a fazer a mesma coisa?”, argumentou a atleta do Arsenal Ladies.
Na entrevista a esportista criticou a escolha de países como Rússia e Catar para sediar as próximas Copas (depois do Brasil), e disse que não irá aos países por não se sentir bem vinda. Ela afirmou ainda que foi o também inglês Tom Daley, saltador medalha de bronze em Londres, que a inspirou a contar a sua história. Depois do apoio recebido pelo atleta ao sair do armário no ano passado, ela percebeu que o mundo estava mudando e que era sua vez de dar o exemplo.
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Redação Lado A
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