A sexualidade ajuda a criar laços mais fortes, diz nova teoria evolucionista

Uma pesquisa publicada esta semana no jornal “Archives of Sexual Behavior” por cientistas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, afirma que a homossexualidade é parte da vontade dos seres humanos, primatas e outros mamíferos, de formar grupos. No estudo, 92 mulheres eram monitoradas enquanto respondiam perguntas sobre o comportamento homossexual, se concordavam ou discordavam sobre questões como “Beijar alguém do mesmo sexo”. Os pesquisadores descobriram que mulheres com maior nível de progesterona possuíam maior abertura para relacionamentos homoafetivos. O hormônio progesterona é ligado a criação de laços afetivos e sociais, e tem maior produção quando a pessoa está a procura de firmar laços com pessoas ao seu redor.

Já aos homens foi solicitado que completassem palavras com lacunas no meio, como “a_gos, “p__ro”, entre outros. Os homens que deram respostas mais direcionada a amizade (amigos, parceiros) eram os que estavam mais abertos a relações afetivas, seja homo ou hétero. Ou seja, há uma clara ligação entre afetividade e sexualidade.

“De um ponto de vista evolutivo, tendemos a ver o comportamento sexual como com fim apenas para a reprodução. Mas por razão do comportamento sexual ser íntimo e prazeroso, e parece que também em outras espécies, incluindo primatas não humanos, serve para ajudar a formar e manter os laços sociais. Podemos ver isso em um casal romântico que ficam juntos mesmo quando não podem se reproduzir”, afirmou a pesquisadora Dr. Diana Fleischman, especializada em psicologia evolucionista e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

Na comunidade científica, a pesquisa foi questionada quanto a comprovar causa e efeito da progesterona no estudo mas foi elogiada por abrir luz ao comportamento natural e evolutivo do sexo na sociedade, como forma de relação entre os indivíduos. A teoria porém já era difundida entre primatas e outros animais, e quis estabelecer o padrão evolutivo com os seres humanos.