Redação Lado A | 15 de Junho, 2015 | 16h49m |
Os dois dividiam o quarto da vítima há dois meses, quando o acusado se mudou para a casa do parente por não ter onde morar. A polícia também trabalha com a hipótese de tentativa abuso sexual. Em ambos os casos hipotéticos, o fato da vítima ser homossexual e o desprezo por sua vida se mostram presentes. A homofobia internalizada por parte do acusado pode ter sido outro fator que gerou a barbárie. Não é incomum vermos crimes de homofobia relacionados com assassinos que não aceitam a própria homossexualidade uma vez que ouvem todos os dias discursos de ser gay é imoral, antinatural, pecado ou uma abominação.
Gleisson foi autuado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. O crime foi desvendado rapidamente depois que a irmã da vítima, de apenas 11 anos, relatou que viu o homem, o tio, ao lado do corpo do irmão, depois que ela seguiu o mesmo trajeto até a casa da avó onde tomariam café da manhã no sábado. A revelação chocou mais ainda a família que lamentou que o crime foi cometido por alguém que eles acolheram em sua casa.
A mãe de Rafael disse que não aceitava o filho como gay mas que estava se acostumando, mas que esperava que Deus o modificasse. “Eu tinha fé em Deus que poderia Ele modificar meu filho e talvez o Rafael não seria aquilo. Mas, mesmo assim, eu estava aceitando o jeito dele”, afirmou ela para o site jornalístico local A Gazeta Online.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |