Uma pesquisa feita pela PUC-RS divulgada neste domingo pelo Fantástico traça características interessantes da Geração Y, entre jovens de 18 a 34 anos. O trabalho foi realizado com 1500 jovens pelo Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência FAMECOS/PUCRS e foi intitulado “Projeto 18/34: Ideias e Aspirações do Jovem Brasileiro sobre Conceitos de Família”.
Segundo o estudo, entre os jovens de 24 e 35 anos, solteiros, 8,6% dos homens se disseram bissexuais, 25.2% homossexuais e 66.3% heterossexuais. Já entre as mulheres, 14.8% se identificaram como bissexuais, 7.6% homossexuais e 77.6% heterossexuais. Na média entre os dois gêneros, 72,7% são heterossexuais, enquanto 11.8% são bissexuais e 16.1% homossexuais.
Segundo a pesquisa realizada em todo o país, os jovens do Sul gostam mais de games, enquanto os do Centro Oeste de festas e os do Norte e Nordeste consomem mais televisão. A pesquisa aponta ainda que há mais jovens ateus do que evangélicos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. 34.3% se identificaram como católicos, 19.3% como ateus e 14.9% como evangélicos. O Espiritismo tem a preferência da crença de 9.4% dos entrevistados. “Ateísmo, agnosticismo e fé sem religião somam 32,14% (quase 1/3 dos representantes). No Nordeste há mais Católicos, no Norte mais Evangélicos e no Sul e Sudeste mais Ateus”, diz a pesquisa.
Como atributos fundamentais para uma família, “Amor, respeito e diálogo prevalecem em todas as orientações. Porém, bissexuais e homossexuais valorizam mais aceitação e liberdade do que heterossexuais”, diz o estudo.
Entre os jovens já casados, a rejeição ao casamento homoafetivo aparece em maior grau. Entre os motivos de rejeição ao casamento homoafetivo, seguem: Por não ser o ideal para a sociedade (56,2%), Por questões religiosas (53,9%), Por tradição familiar (42%), Por leis reprodutivas (38,9%)e Por dificuldade de aceitação (22,3%).
“Conhecer várias culturas viajando pelo mundo” é o sonho de vida de mais de 70% dos jovens que almejam pequenos luxos e conforto e se preocupam com a crise econômica e saem pouco da rotina de estudo e trabalho. O estudo conclui acerca do consumo: “As marcas devem readequar sua linguagem, não segmentando as diferenças de forma tradicional e conservadora. Além disso, abrir as portas para o diálogo é uma boa ideia para uma geração de jovens bem informada, crítica e imediatista”.
Internet, computador e Celular aparecem como itens mais importantes do dia a dia, acima de televisão, máquina de lavar ou mesmo carro ou freezer para os entrevistados. Os valores, segundo a maioria dos entrevistados, vêm “Igualmente de casa e da vivência com as pessoas”, porém os pais ainda exercem influência nas decisões.
Confira a pesquisa completa aqui.