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Pessoa xinga DJ depois de ter VIP negado e recebe resposta explicativa à altura

Redação Lado A 15 de Fevereiro, 2016 12h33m

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Um problema cada vez maior enfrentado por DJs e promoters são as pessoas que pedem para não pagar entrada nas baladas. Não é a crise, não é um surto de estrelismo, mas culpa de muitas casas que acostumam mal esses clientes que se acham no direito de serem VIP, ter direito a listas ou tratamento especiais. Esta semana, uma dessas pessoas chegou a ofender online um DJ de Curitiba que também faz festas. Depois de responder que não conhecia a pessoa, ao qual não era nem amigo no Facebook, recebeu uma resposta mal educada e foi insultado, como se confere na conversa acima. Como a pessoa o bloqueou, o DJ e promoter desabafou e respondeu em seu Facebook.

Na resposta ele explica que a casa não trabalha com VIPs, e ainda que ele teria o direito de escolher quem ele libera entrada se fosse o caso. O insultado lembra que a casa precisa pagar não apenas os DJs mas todos os funcionários e envolvidos, por isso vipar as pessoas não é legal para nenhum estabelecimento.  O mais engraçado é que o “cliente” diz que Curitiba é assim mesmo, dando a entender que não costuma pagar entradas. O ser já é conhecido em outras baladas, por insistir em entrar nas listas VIP, conforme denunciaram outros promoters em solidariedade no post original desta matéria.

Confira a ótima resposta do DJ e promoter que preferiu não ser identificado:

Ontem um cara veio até o meu perfil pedindo que eu o “colocasse na minha lista VIP da XXXXX”. Eu, surpreso com a atitude ridícula de uma pessoa que não possui nenhum vínculo comigo – e pior, nem amigos aqui nessa rede somos – respondi que eu não o conhecia. Essa foi a segunda vez que ele veio fazer isso.

Bom, começando pelo fato de que não existe essa tal lista VIP na xxxx, e depois pela cara de pau da pessoa fazer isso, recebi uma resposta do indivíduo me chamando de merda, e que eu deveria mudar se profissão. 
 
Caro xxxxxxxxxxx, você se achou no direito de me insultar apenas por eu dizer que não te conhecia, e depois me bloqueou. Escrevi uma resposta após chegar em casa depois de uma noite de trabalho, que mesmo passando muito mal, fiz meu trabalho perfeitamente e tratei todos da maneira educada e acessível que sempre fiz desde que comecei nessa profissão, mas não consegui enviar pois vi que voce me bloqueou.
 
Aqui vai uma breve resposta pra você, em tópicos, pra te ajudar a compreender:
 
1) eu não teria obrigação de te dar VIP se tivesse, e mesmo se eu tivesse muitos, o critério seria meu, pois foi algo cedido a mim e não a você. Respeite isso.
 
2) não invada o perfil das pessoas pedindo cortesias: o fato delas serem pessoas “públicas” não te dá esse direito. Se você tivesse me pedido informações, eu responderia com toda a paciência e e dedicação que faço com as dezenas de pessoas, conhecidas ou não, que entram em contato
 
3) minha habilidade de lidar com o público não é medida por você e sim pelas pessoas que seguem, prestigiam e admiram meu trabalho: ao pessoal que mesmo tendo meu celular entra na fila numa boa e ascensão pra mim do lado de fora com a expectativa de ver o que eu preparei pra ela naquele dia. Isso sim é público. 
 
4) eu não fui fofo como você acha que eu teria obrigação, mas eu não te insultei: eu disse que não nos conhecíamos, e pra mim esse é um pressuposto necessário sempre que tenho alguma lista pra uma festa.
 
5) entretenimento é coisa séria: eu preciso receber, meus colegas do bar, da segurança, da limpeza, do caixa, do marketing, da manutenção e. da contabilidade, também. Se você quer se divertir, pague e tornasse o nosso público. Assim você ganha o direito de reclamar se não for bem atendido. NINGUÉM TRABALHA DE GRAÇA.
 
6) eu amo, acima de tudo, o que eu faço. Foi com essa paixão que fui convidado a trabalhar em vários clubes de Curitiba e também para discotecar em mais 6 estados, em dezenas de casas. Essas pessoas podem dizer algo sobre mim e eu aceitarei de peito aberto. Pode parecer arrogância, mas a sua opinião medíocre de quem quer poupar uma grana e se acha espertão não significam nada pra mim.
 
7) se você ler isso, tenha um bom domingo.

 

 
 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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