Um dos realities shows de maior sucesso nos Estados Unidos, RuPaul’s Drag Race é uma competição de arte, moda, performance e transformismo, onde semanalmente uma candidata é eliminada por meio de provas até restar uma campeã. Idealizador e apresentador do programa, RuPaul recebeu na noite do último domingo, 11, em Los Angeles, o Emmy na categoria de Melhor Apresentador(a) de Reality Show depois de 10 temporadas à frente do programa (oito normais e duas do All Stars, que reúne as melhores competidoras que o programa já teve).
A entrega do prêmio foi realizado uma semana antes do evento oficial, que será no próximo dia 18. Isso acontece por conta do grande número de categorias, então, as mais técnicas são adiantadas. RuPaul concorreu com grandes nomes do showbizz norte-americano, como Ryan Seacrest (American Idol), Heidi Klum e Tim Gunn (Project Runway) e Tom Bergeron (Dancing With The Stars).
Este é um ano especial para a família Drag Race, uma vez que o programa comemorou a participação de 100 drag queens ao longo da história do reality show. “Eu aceito esse prêmio em nome das 100 garotas talentosas que passaram pelo reality. Esse prêmio é para as histórias únicas de sobrevivência que ouvimos dessas 100 rainhas”, afirmou o apresentador em entrevista ao Yahoo TV. RuPaul Andre Charles lembrou também que o prêmio veio em um momento importante para a visibilidade da comunidade LGBT nos Estados Unidos, fazendo menção ao ataque na boate Pulse em Orlando.
No início do ano, o ator e apresentador deu uma entrevista polêmica onde afirmava que o fenômeno drag nunca se tornaria mainstream, ou seja, popular no sentido do consumo de massa. Há quem questione essa fala depois do prêmio. Entretanto, é preciso entender que o que RuPaul estava querendo dizer é que o transformismo jamais será um fenômeno compreendido e normativo, porque o seu objetivo é transcender barreiras, tanto as políticas, quanto as de gênero.