O “Projeto Combina!” é uma pesquisa que acontece em parceria com a Universidade de São Paulo, chefiada por Alexandre Grangeiro, e que está em Curitiba acompanhando voluntários que fazem o uso da Profilaxia Pré-Exposição Sexual (PrEP), com o Truvada, medicamento antirretroviral. O estudo acontece em cinco cidades: Curitiba, São Paulo, Ribeirão Preto, Porto Alegre e Fortaleza. Serão acompanhados 600 voluntários, 50 em Curitiba. Mas o projeto ainda não conseguiu encontrar voluntários suficientes na capital paranaense.
Alan Silveira, pesquisador responsável pela pesquisa em Curitiba, explica que a PrEP consiste no uso de medicamento antirretroviral para a prevenção do HIV. A ideia é, com um comprimido ao dia, estar prevenido da infecção, uma vez que o medicamento atua no bloqueio do ciclo de reprodução do vírus no organismo, inibindo a infecção. Mas ele ressalta que o medicamento não exclui o uso da camisinha, uma vez que não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis.
No início do ano, o centro de pesquisa, que fica no COA (Centro de Orientação e Aconselhamento), recebeu a medicação do Truvada de um laboratório internacional para começar a distribuição para os 50 voluntários em Curitiba. “A medicação pode causar efeitos colaterais. Apesar de não estar em fase de testes e ser uma tecnologia já controlada, usada em outros países, sendo o carro chefe da prevenção nos Estados Unidos e Europa. Portanto, o objetivo do estudo não é verificar a eficácia do medicamento e sim o reflexo do uso de PEP e PrEP no comportamento sexual e preventivo da população brasileira”, explica Alan.
O pesquisador conta que estão procurando voluntários, mas que só podem participar pessoas que tenham algum benefício com o remédio, como as que têm relações sexuais sem camisinha, com recorrência de rompimento ou com parceiros de sorologia desconhecida, ou caso haja múltipla parceria ou parcerias estáveis simultâneas, ou ainda caso a pessoa ou o parceiro pertença a um grupo considerado de maior vulnerabilidade (homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários de drogas).
As pessoas interessadas, e que estiverem dentro dos critérios, serão acompanhados por infectologistas no COA, fazendo exames rápidos. “As pessoas participarão da pesquisa, como voluntárias, e, para isso, precisarão responder a quatro questionários dentro de 2 anos, o período que pretendemos acompanhar todos os participantes, desde os que iniciaram lá atrás, com PEP, até estes que estão entrando agora, com a PrEP. A participação é anônima e sigilosa”, revela Alan.
Como participar?
Para participar, o interessado deve entrar em contato com o Alan Silveira através dos seguintes contatos:
Telefone do COA: 41 3321-2803