Parece que a história se repete para a Russia. Em 2013, no Brasil, e em 2014, na Argentina, ativistas LGBTs fizeram protestos contra as embaixadas russas pelas leis anti-LGBTs em vigor no país europeu. Agora, o protesto acontece na embaixada russa de Portugal, em Lisboa. O movimento “Um ativismo por dia” mobilizou centenas de pessoas para protestar contra os campos de concentração de gays na Chechênia.
O encontro aconteceu na última terça-feira, 18 de abril, e contou com a participação de nomes importantes da política portuguesa, como as deputadas Isabel Pires e Sandra Cunha, além do candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles. Todos falaram sobre a crueldade e o atentado aos Direitos Humanos que a Rússia está cometendo. “É o pior do que assistimos no século XX. Os campos de concentração nazi foram os últimos campos onde a comunidade gay foi detida e exterminada e não podemos deixar que este horror se repita”, declarou Robles.
Durante a manifestação, além de bandeiras do Orgulho Gay, foram hasteados cartazes com dizeres como “Stop Homofobia”, “Não à Violência” ou “Homofobia é Arma Letal”, que e juntaram às vozes que cantavam: “A nossa luta é todo o dia contra o machismo e a homofobia” ou “Tortura não, nem campos de concentração”.
Pressão ao Governo
Durante o evento, foi lida uma carta pelo organizador da ação, João Miguel, que pressiona a Assembleia e o Presidente da República a tomarem ações significativas contra a Rússia. Confira um trecho: “Exortamos que, sendo Portugal signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e perfilando umas das legislações mais respeitosas para com todas/os as/os indivíduos, faça pressão internacional e diplomática para que a dignidade humana seja respeitada”.
Um vídeo que mostra centenas de pessoas no protesto está rodando as redes sociais, assista: