Redação Lado A | 10 de Novembro, 2018 | 12h01m |
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No programa que foi ao ar na terça-feira, dia 6 de novembro, o apresentador Ratinho fez comentários transfóbicos. No ar há muitos anos, Ratinho usou a audiência de seu programa para atacar a cantora Pabllo Vittar e o transexual Tammy Miranda. Ele disse que não permite que seus contratados tratem a cantora no feminino e nem que músicas dela toquem no programa. Sobre Tammy, ele criticou a transição do filho de Gretchen e disse que ele não é homem.
Tudo começou quando o programa comentava que Tammy Miranda estava concorrendo a um concurso com os atores Reinaldo Gianechini e Chay Suede. A disputa questionava quem era o homem mais sexy, melhor ator, melhor cantor e pessoa mais bonita do Brasil. Após a apresentação do concurso, Ratinho disse que não sabia se referia a Tammy no masculino ou feminino. Ratinho disse ainda que no registro de Tammy não poderia constar o gênero masculino. De acordo com o apresentador, quem nasce com órgão sexual feminino é somente mulher.
Sobre Pabllo Vittar, Ratinho disse que soube no ano passado que ela tem genital feminino e que por isso não pode ser chamada no feminino. “Pabllo Vittar tem saco, eu vi. Ganhou como melhor cantora, mas não é cantora. Quem tem saco é cantor”, disse. Questionado por alguém do programa, Ratinho reafirmou sua transfobia e pediu para parar de tocar a música K.O de Vittar em seu programa.
No início do ano, Ratinho deu mais declarações preconceituosas sobre a comunidade LGBT. Em 3 de janeiro ele publicou um vídeo no Instagram em que dizia que as novelas da Globo tinham “muito viado”. “Estava vendo as novelas da Globo… Temos que olhar a concorrência. A Globo colocou viado até em filme de cangaceiro. Naquele tempo não tinha ‘viado’ não”, disse.
Após muitas críticas na internet, o apresentador postou um outro vídeo na tentativa de se retratar. Ele justificou que o vídeo anterior não passava de uma brincadeira. Ratinho disse ainda que não queria ofender os gay e que os gays com quem ele trabalha gostam muito dele. Por outro lado, recentemente o apresentador não deixou de destilar transfobia e ainda disse que não tem medo dos xingamentos na internet. “Sou igual rádio velho: não ligo”, disse.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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