Redação Lado A | 22 de Janeiro, 2019 | 09h37m |
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Na madrugada desta segunda-feira, 21 de janeiro, um homem matou e arrancou o coração de uma travesti. Aos risos, Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, admitiu o crime que ocorreu no Jardim Marisa, em Campinas, no interior de São Paulo. Oliveira matou a travesti de nome de registro Jenilson José da Silva, de 35 anos.
A Polícia Militar encontrou o corpo da vítima com o tórax aberto. Ao se identificar, Caio passou várias informações falsas, inclusive outro nome. Já a vítima foi logo identificada. Ela teve seu coração arrancado com cacos de vidro pelo assassino. O órgão foi encontrado enrolado em um pano embaixo do guarda-roupa de Caio.
Já na 2ª Delegacia Seccional de Campinas, Caio contou sobre o crime. O assassino sorria para os policiais e falava coisas sem sentido, como se estivesse sob o efeito de entorpecentes. Uma declaração chamou a atenção dos presentes em seu depoimento. Caio disse que a travesti era um “demônio” e que por isso ele teria arrancado o coração dela.
Caio disse ainda que conheceu a travesti à meia-noite do dia do crime. Além disso, ele teria levado a vítima para o local do crime, consumado relações sexuais e logo a matou com algum objeto cortante. O criminoso então abriu o tórax, retirou o coração e o enrolou em um pano para depois esconder o órgão embaixo do guarda-roupa. Depois do crime, Caio ainda colocou uma imagem de santo encima do peito aberto da vítima.
Caio levantou suspeitas ao ser visto pela polícia durante um patrulhamento no Jardim Marisa. Para se esconder da viatura, Caio entrou rapidamente em um estabelecimento, o que chamou ainda mais a atenção da polícia. Os policiais então o abordaram e começaram a perguntar sobre a identidade do rapaz. Oliveira também apresentava ferimentos na cabeça e arranhões pelo corpo, o que levantou ainda mais suspeitas. Caio ainda teria dado informações falsas sobre a sua identidade no momento da abordagem
Pressionado, Oliveira confessou o crime e conduziu os policiais até uma casa localizada na Rodovia Miguel Melhado de Campos. No local de apenas um cômodo, os policiais se depararam com o corpo aberto e o coração embaixo do guarda-roupa. O criminoso não informou o motivo de ter guardado o órgão. A polícia ainda apreendeu aparelho celular e dinheiro da vítima que estavam de posse do criminoso.
Em entrevista na porta da delegacia, Caio confessou o crime sorrindo para a imprensa. Ele disse que não era amigo da travesti e repetiu que ela era um “demônio”. Em meio à frases desconexas, ele disse que a motivação do crime seria “o que ele fez”, se referindo à travesti com pronomes masculinos, e mencionou o uso de drogas. No entanto, ele não esclareceu a motivação do crime.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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