Redação Lado A | 22 de Fevereiro, 2019 | 15h56m |
COMPARTILHAR |
TAGS |
Acusado de matar o jovem Davi Silva Amaral, de 18 anos, Arisson Sá Pedroso, 24, confessou que o crime foi motivado por homofobia. Pedroso chegou a afirmar que a vítima teria dado encima dele, que reagiu com agressões. “Eu não gostei”, disse Pedroso. Davi Silva Amaral foi espancado e encontrado com ferimentos graves na quinta-feira, dia 14 de fevereiro.
O acusado Arisson Sá Pedroso se apresentou à polícia acompanhado da mãe e da tia. Ele foi submetido a exames de Corpo e Delito no Centro de Perícias Renato Chaves (CPC). Após mais algumas fases da investigação, Pedroso será encaminhado para o Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura. Inicialmente, o acusado cumprirá prisão temporária até o fim do inquérito, que já esta quase concluído. Depois, a pena sera convertida em prisão preventiva.
Um depoimento da ex-namorada de Alisson também ajudou na investigação. A jovem confirmou que Arisson já se relacionou com um homem e não sabia lidar com sua sexualidade. Diante da possibilidade de ser gay ou bissexual, Arisson descontou sua raiva no jovem Davi. Em depoimento, o acusado disse ainda que o outro jovem com quem teve relações homossexuais, chamado de Luciano, teria espalhado sobre a sexualidade de Arisson.
A ex-namorada disse ainda que o comportamento de Arisson sempre foi “perturbado”, o que motivou o término do namoro. Arisson não sabia lidar com a própria sexualidade e, conforme confessou, matou Davi por raiva. Ele projetou a imagem de Luciano na vítima e o espancou, levando-o a óbito.
Em depoimento, Arisson disse que não conhecia Davi e o encontrou em um bar no dia 14 de fevereiro, na cidade de Santarém, no Pará. O acusado contou à policia que David o chamou para conversar e disse que queria se relacionar com ele. Arisson inicialmente teria dito que não estava interessado na vítima. Depois, aproveitou a oportunidade para marcar um encontro com Davi.
Arisson e Davi se encontraram no terreno baldio onde horas depois a vítima foi encontrada sangrando. O acusado disse que usou um pedaço de madeira para desferir dois golpes contra a cabeça de Davi. Além disso, Arisson fugiu levando parte das roupas da vítima e o celular. Ele alegou que se vestiu com as roupas de Davi para evitar ser reconhecido com as roupas que esteve no bar.
Após cometer o crime, Arisson mandou mensagens à ex-namorada dizendo que deu pauladas em alguém. Os prints das conversas foram anexados ao inquérito, bem como o laudo do IML que comprova as lesões no corpo de Davi. Com essas provas, a Justiça decidirá sobre a pena de Arisson que já esta retido temporariamente.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
COMPARTILHAR |
TAGS |