Redação Lado A | 26 de Julho, 2019 | 11h42m |
Uma equipe de pesquisadores integrantes do Projeto Mosaico apresentou avanços que poderão resultar na efetividade de vacinas contra o HIV. As substâncias serão testadas pela primeira vez em humanos no Brasil e em outros países da América Latina. Além disso, a vacina deverá ser testada na Europa e nos Estados Unidos.
O público alvo dos testes foram as populações consideradas de risco. Enquanto na Europa e na América do Norte e do Sul o grupo é composto por mulheres trans e homens que fazem sexo com homens, na África, os testes foram realizados em mulheres. De acordo com a Agência das Nações Unidas de Luta Contra a AIDS (Unaids), os países africanos representam quase 60% dos casos de HIV.
Sobre os testes que serão iniciados no Brasil e outros países, deverão começar até o fim do ano. Ao todo, serão mais de 3.800 voluntários de diversos países que receberão a vacina. Após a realização dos testes no Brasil e nas Américas, os resultados serão comparadas com estudos anteriores. Os resultados de testes anteriores ainda serão divulgados em 2021, sendo que o confronto dos resultados com os testes desse ano devem ser divulgados até 2023.
A metodologia dos testes e das pesquisas se baseia no formato de um “mosaico de antígenos”. A nomenclatura “antígenos” se refere a uma substância capaz de desencadear a produção de anticorpos no organismo. Assim, a nova substância da vacina consiste na junção de subtipos de HIV que juntas formarão uma substância que produz anticorpos contra os principais tipos do vírus.
Cada subtipo foi estudado de acordo com a incidência do vírus nos países. De acordo com os pesquisadores, assim como o índice de contaminação nos países é diferente, cada local apresenta um tipo de HIV nos organismos portadores do vírus. Na África, por exemplo, é mais comum o subtipo C. Já na Europa e Américas, é mais predominante o subtipo B.
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