Redação Lado A | 07 de Agosto, 2019 | 14h40m |
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Quando uma pessoa recebe o resultado de um exame positivo para HIV, comumente a primeira coisa a se pensar é no pior. Além disso, o uso de remédios pode causar efeitos colaterais entre as pessoas com HIV positivo. No entanto, os tratamentos atuais estão muito avançados e não resultam em tanta agressão para o organismo quanto os medicamentos antigos.
No início do tratamento é necessário o uso de medicamentos antirretrovirais. Isto é, medicamentos que objetivam, com o tempo, diminuir a carga viral no organismo da pessoa até que fique indetectável. Assim, o organismo começará a se recuperar dos danos causados pela infecção por HIV.
O tratamento com antirretrovirais é extremamente importante para a qualidade de vida de pessoas com HIV. Com seu uso, é possível se recuperar dos danos no organismo e voltar a ter uma vida normal. Assim, a pessoa com HIV voltará a sua rotina social, familiar e de trabalho durante o tratamento que o permitirá a longevidade.
A ciência está avançando muito nos estudos sobre HIV e, a medida que essas pesquisas avançam, surgem novos resultados animadores. Atualmente, muitos cientistas concordam com a diminuição da transmissão do HIV via atividade sexual. Esse resultado é consequência do uso correto de medicamentos. Esse processo reduz a carga viral do HIV até que ele fique indetectável. Assim, os cientistas chegaram à conclusão que a carga viral indetectável pode não ser transmitida sexualmente.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram o comportamento de indivíduos portadores do vírus. Foram realizados testes em casais de homens e mulheres heterossexuais, gays e homens que fazem sexo com outros homens. Em amostras de casais em que uma das pessoas tem a carga viral indetectável, observou-se que o vírus não foi transmitido para a outra pessoa não infectada.
Apesar dos avanços nesses estudos, é extremamente importante a prevenção e o uso de preservativos. Essa ressalva se destaca em meio a um cenário em que o número de soropositivos tem aumentado. Isso é consequência do uso incorreto ou esporádico de preservativos, o que resulta em mais infetados. Além disso, a ideia de que a carga viral indetectável não transmite o HIV, e que por isso não é necessário o uso de preservativo, vai de contramão às incansáveis campanhas pela prevenção.
Um outro fator importante sobre o assunto de prevenção é a falta de diagnóstico e tratamento. Em meio ao aumento de casos de HIV, observa-se um grande número de pessoas que ainda não deram início ao tratamento ou não fizeram testes para diagnosticar o vírus. Assim, essas pessoas não chegam à carga viral indetectável. Somando esse fato com a falta de uso de preservativos em todas as relações sexuais, o número de infectados pode aumentar.
De acordo com dados da UNAIDS, mais de 37 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo. Dessas, 23 milhões têm acesso à terapia antirretroviral. Especialistas afirmam ainda que o aumento no número de infectados se dá pelo pensamento da nova geração de que preservativos são desnecessários. Com o avanço nas medicações e busca de soluções para combater o vírus, muitos ainda desconsideram a seriedade do HIV.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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