Mulher que matou filho gay é condenada ao regime fechado

Redação Lado A 29 de Novembro, 2019 15h58m

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Tatiana Ferreira Lozano, mãe de Itaberli Lozano, foi condenada a 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado. A mulher é acusada de executar o próprio filho por ele ser gay. Além de Tatiana, a justiça condenou Victor Roberto Silva e Miller da Silva Barissa, responsáveis por espancar Itaberli. Outro que ainda deverá ser julgado por cumplicidade no crime é o padrasto da vítima, Alex Canteli Pereira, que aguardar em liberdade.

Itaberli foi encontrado morto no dia 7 de janeiro de 2017 em Cravinhos, no Estado de São Paulo. O corpo estava carbonizado e apresentava graves ferimentos realizados com facadas e espancamento.

Segundo a investigação, no dia do crime, em 28 de dezembro de 2016, Tatiana Lozano atraiu o filho para casa com a ajuda de uma adolescente e os dois rapazes acusados de espancamento. Ao chegar em casa, Itaberli sofreu agressões de Victor Roberto e Miller Silva. Por fim, Tatiana matou o filho com facadas no pescoço.

Após a execução do crime, a mãe levou o corpo do adolescente até um canavial com ajuda de seu marido, Alex Pereira. No local, o casal colocou fogo no corpo da vítima.

O julgamento

A juíza Marta Rodrigues Maffeis Moreira, do Fórum de Ribeirão Preto (SP), julgou Tatiana Lozano, Victor e Miller na terça-feira, 26 de novembro. A acusação contra a mãe de Itaberli foi de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na ocasião, 20 testemunhas foram ouvidas além dos acusados.

A pena estabelecida para Tatiana foi de 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Já para os acusados de espancar a vítima, Victor e Miller, a pena foi de 21 anos de reclusão para cada.

Quanto ao padrasto de Itaberli e marido de Tatiana, Alex Canteli, foi dispensado do júri. O advogado do réu abandonou sua defesa e Canteli será julgado em uma data a ser definida. Por enquanto, o acusado aguarda em liberdade até conseguir outro advogado.

Redação Lado A

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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