Swe Zin Htet é a primeira candidata lésbica do Miss Universo

Redação Lado A 09 de Dezembro, 2019 14h47m

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A asiática Swe Zin Htet, de 21 anos, foi uma das candidatas do concurso Miss Universo que divulgou seu resultado neste domingo (8). Swe é a primeira mulher assumidamente lésbica a participar do tradicional concurso de beleza e afirma que isso é uma forma de representatividade para as lésbicas e comunidade LGBT+.

Swe representou o país Mianmar, localizado no continente asiático. Um pouco antes da realização do concurso, a candidata divulgou para a imprensa sobre sua sexualidade. Além disso, ela revelou que namora há três anos uma famosa cantora de sua região, a Gae Gae.

No local em que Swe mora, a homossexualidade é criminalizada. Por isso, o fato de ela se assumir lésbica publicamente dias antes do Miss Universo foi considerado um ato de grande coragem. Mesmo temendo as consequências de se assumir, a candidata afirmou que se sentiu aliviada em poder falar sobre sua sexualidade. Ela diz que agora começará uma nova fase em sua vida, já que todos sabem sobre seu relacionamento lésbico.

A ação da candidata ao Miss Universo servirá de apoio e encorajamento para a comunidade LGBT de seu país. Apesar da proibição, pequenos movimentos que lutam pela igualdade resistem em meio ao conservadorismo.

Swe aproveitou o ensejo para falar sobre sua trajetória pessoal. A candidata contou que a aceitação dos pais com a sua sexualidade foi difícil no começo, como acontece com vários LGBTs no mundo. Agora, a família e os pais aceitam e defendem a filha lésbica. Swe contou ainda que começou a descobrir sua sexualidade ainda na adolescência, aos 16 anos. Apesar da fase conturbada, tanto ela quanto seus pais aceitaram a própria homossexualidade após entrar em contato e convivência com a comunidade LGBT da sua região.

“O amor é a base de tudo. É sobre amar outra pessoa, sem se importar com quem ela é. É algo que vem do coração”, disse a candidata. Agora que se assumiu, ela pretende ser um exemplo para outros LGBTs que vivem oprimidos em locais de preconceito e discriminação.

Vencedora negra

Essa edição do Miss Universo foi inédita não só pela primeira candidata lésbica. Pela primeira vez na história o concurso coroou uma mulher negra.
A miss sul-africana Zozibini Tunzi venceu o concurso neste domingo (8). Tunzi competiu com mais 88 candidatas de todo o mundo e recebeu sua coroa no grande evento realizado em Atlanta, nós Estados Unidos. Em seu discurso, a vencedora falou sobre racismo e machismo. “É uma honra absoluta representar, como negra e africana, a inclusão e a diversidade”, disse.

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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