Vereadores e Prefeitura de Curitiba são investigados por transfobia

Parte da campanha deste ano da Prefeitura de Curitiba para o Dia da Visibilidade Trans, em janeiro, acabou gerando uma queixa crime no Ministério Público do Paraná contra a retirada de um dos cards da campanha que abordava a mãe e sua filha trans de cinco anos. A repercussão do caso por três vereadores também gerou um inquérito na Polícia Civil, por transfobia.

A campanha marcava a data de 29 de janeiro, Dia Internacional da Visibilidade Trans. Com cinco cards com fotos de pessoas trans, a campanha tinha como objetivo demonstrar que a população trans existe e é cidadã. Todavia, a retirada do card específico após o lançamento da campanha nas redes sociais oficiais do município, criou um mal estar e a acusação de transfobia.

“Meu REPÚDIO à Prefeitura de Curitiba por esse post patético que envergonha nossa cidade”, afirmou Borges na época. O vereador Osias Moraes, do Republicanos, também se manifestou, dizendo que agia para a retirada da imagem : “Entramos em contato com a Prefeitura de Curitiba para a retirada do post em que mostra a imagem de uma criança com a frase equívoca ‘crianças trans existem’”. Os dois vereadores além da vereadora Sargento Tânia Guerreiro (PSL) já foram ouvidos pela polícia. Em breve, funcionários da Prefeitura também devem ser ouvidos no inquérito policial.

As ações foram movidas pelo advogado Marcel Jeronymo Lima de Oliveira, da Aliança Nacional LGBTI, e pela mãe Thamirys Nunes, que aparece nas imagens. A situação deve ir para a Justiça e poderemos ter, pela primeira vez, o reconhecimento jurídico das crianças trans no Brasil.