Feminicídio comove Curitiba no mês do Orgulho LGBT

Redação Lado A 27 de Junho, 2021 10h59m

Dois homens já estão presos em Curitiba pelo assassinato da catarinense Ana Paula Campestrini, de 39 anos. Mãe de dois filhos, a mulher estava em um relacionamento lésbico há dois anos e foi morta a mando do ex marido, segundo a polícia.

O crime ocorreu no último dia 22, no Santa Cândida. Wagner Cardeal Oganauskas já foi afastado do Clube Sociedade Morgenau, qual presidia, assim como o assassino, e o ex-diretor Marcos Antônio Ramon, que efetuou os disparos. ambos já possuíam passagem pela polícia.

Depoimentos e imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar os suspeitos. Segundo a polícia, o ex marido, presidente de um tradicional clube social da cidade, foi o mandante do crime, por não aceitar o relacionamento da ex esposa após 17 anos de casamento.

Desde que se separaram, há quatro anos, a mulher trabalhava como diarista e enfrentava o divórcio litigioso. Ela foi morta com 14 tiros disparados contra seu carro, após ser perseguida pelo assassino, amigo do ex marido, em uma moto. A mulher foi atraída a sede do clube onde o ex marido atuava, para retirar uma carteirinha que usaria para acompanhar os filhos nas atividades no clube.

Ana Paula deixou, além da companheira, três filhos de 9, 11 e 17 anos. Seu corpo foi sepultado na cidade onde nasceu, no Cemitério Municipal de Lontras, onde seus pais também estão enterrados. Segundo a viúva, Ana Paula era de paz e não gostava de brigas. O crime foi enquadrado como feminicídio e recebeu atenção de mulheres militantes e políticos da cidade.

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