A Faketory é uma pesquisa artística e antropológica sobre o fenômeno Drag Queen em todo o mundo desenvolvida por um grupo de pesquisadores holandeses. O projeto, que está em sua fase final, rá publicar em breve um livro.”O projeto começou a partir de um interesse nos homens do transformismo e o que eles passam quando se vestem como drag queens”, conta Martijn Crowe, diretor artístico do Faketory. “Tornar-se uma drag queen é mais do que tornar-se como uma mulher : eles se tornam maiores do que a vida “, filosofa.
Crowe e sua equipe passaram peço Camboja, São Paulo, La Paz e Amsterdã, conversando e fotografando mais de 40 drags. “Fizemos fotos de estúdio deles antes e depois da sua transformação, entrevistamos eles, fomos aos seus clubes” conta o pesquisador. “Nós descobrimos que todas as drag queens são artistas que criam um mundo de brilho e glamour, mas o nosso projeto também mostra uma grande diversidade na aparência e as motivações de se vestir como drag. As drag queens bolivianas estão profundamente enraizadas na cultura tradicional, e seus shows servir a um propósito político, enquanto que no Camboja, as drag queens se vestem e dançam como uma parte de seu trabalho como prostitutas”, revela ele.
O objetivo do projeto é promover a diversidade no mundo inteiro. “Nosso projeto é único porque nós realmente retratatamos as Drag Queens e os homens por trás da maquiagem. A combinação de fotos, entrevistas e pesquisa de campo dá as Drag Queens uma voz como pessoas. Estamos ansiosos para dar ao mundo um vislumbre por trás das perucas e do brilho quando publicamos nosso livro”, afirmou ele que prometeu ainda que o livro será luxuoso e de alta qualidade.
As drags Paulette Pink, Cicety, Ludmyla Jackson, Lorelay, Rafaela, Beatriz Uber, Silvetty Montilla, Iris VanDyke, Sabryna Shine, Leyllah Diva Black, Victoria Vipper, Divina Aloma, Kyrah Uber e Tiffany são algumas das brasileiras que colaboraram com o projeto.
FOTOS:
Martijn Crowe
