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Comissão Nacional da Verdade aponta homofobia institucionalizada durante Ditadura Militar

Redação Lado A 11 de Dezembro, 2014 18h14m

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Vigilância constante, rondas, ameaças e prisões de homossexuais e transexuais durante a Ditadura eram parte de um plano sistemático de higienização que levou mais de 1.5 mil LGBTs a serem detidos e torturados, apenas na cidade de São Paulo, aponta o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), entregue à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, que deve em breve estar disponível na internet.

As ações ainda incluíam censura ao tema na Imprensa, perseguição dos movimentos sociais, afastamento de homossexuais de cargos públicos, além de extorsão e coação, tortura e espancamento, sobretudo de transexuais, principalmente na década de 70. Para a ditadura brasileira, ser homossexual era considerado uma ameaça aos bons costumes e um agravante de periculosidade subversiva. 

 Com o relatório, é possível estipular, pela primeira vez com provas, que houve uma política de Estado contra os homossexuais no país. “Dada a natureza e o grau dessa perseguição, seja por atuação ou omissão do Estado, e levando em conta o preconceito e a discriminação com uma dimensão institucionalizada, é possível afirmar que a homofobia foi, sim, uma política de Estado durante a ditadura”, afirmou Renan Quinalha, da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, para a BBC. Quinalha é um dos organizadores do livro “Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade”, lançado esta semana em São Paulo.
 
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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