Um estudo publicado no Jornal de Psicologia Social Aplicada aponta que as crianças do Ensino Fundamental dos Estados Unidos que leram ou são fãs da saga de livros de Harry Potter são mais tolerantes e menos preconceituosas com os LGBTs. Apesar de não contar com um debate sobre sexualidade, o livro traz discussões importantes sobre o preconceito, ainda mais no que diz respeito aos bruxos de sangue puro e os mestiços, além de abordar também o preconceito com os lobisomens.
Crianças e jovens do ensino primário, fundamental, médio e universitário que acompanharam os livros da saga foram entrevistados para o estudo. Chamado de “A grande magia de Harry Potter: Reduzindo o preconceito”, o questionário envolvia uma análise sobre o impacto positivo da história no imaginário das crianças sobre a discriminação das minorias.
Os resultados mostraram que os jovens do ensino médio foram os que mais leram os livros com a história do bruxinho que lutou por vários anos para acabar com a divisão do mundo bruxo entre os sangue-puro e mestiços, que estava crescendo novamente com a volta de Voldemort. Essa faixa etária, segundo o estudo, é a que mais demonstrou tolerância com os LGBTs. Vale lembrar que o único personagem homossexual da história era o diretor Dumbledore, mas que a informação só foi revelada pela escritora depois do lançamento do último livro, o que não chegou a aparecer na trama.