No que foi considerado um ato fascista, um grupo de quatro homens de meia idade, que estavam no Bar do Pinguim, em Porto Alegre, atacaram verbalmente dois ativistas LGBTs que passavam na frente do estabelecimento carregando bandeiras da diversidade, integrantes do grupo de campanha de uma candidata a vereadora LGBT da cidade. O bar fica na Cidade Baixa e é muito frequentado por modernos e boêmios da capital gáucha. Tudo aconteceu por volta das 19h30 do domingo do dia 11. Alguns membros do Coletivo Barricadas Abrem Caminho, que estavam sentados em mesas próximas e se levantaram para defender os ativistas que não pararam, e tudo virou uma briga acalorada, com agressões físicas, inclusive por parte dos funcionários do bar, segundo membros do coletivo. A polícia precisou ser chamada para acalmar os ânimos e registrar o boletim de ocorrência.
Tudo começou, segundo o grupo, com os homens gritando: “Comunista tem que morrer”, “Comunista tem que ser fuzilado”, “tem que ir pro paredão”. Um grupo de três mulheres e um homossexual, do coletivo, estavam sentados próximo e reagiram gritando: “Fora Fascistas!”. O movimento seguinte foi dos caras ameaçando estuprá-las, dizendo que iam “meter a bengala” nelas, ameaçando bater nelas e chamando-as de vagabundas. Em seguida, partiram fisicamente pra cima do grupo.
Um garçom e o gerente foram chamados para ajudar, mas eles tomaram partido dos senhores, segundo post do Coletivo. Como mostra um vídeo postado no Facebook, cerveja foi jogada no grupo de mulheres, ameaçaram atirar uma cadeira de plástico nelas e ainda quebraram um copo para ameaçá-las. Segundo ainda o post do grupo, tentaram pegar o celular que estava filmando e os sete garçons derrubaram um senhor que foi proteger o grupo de oprimidos e começaram a linchá-lo.
A violência só acabou com a chegada da polícia, que registrou o boletim de ocorrência. A homofobia e o machismo dos funcionários e do grupo de agressores. Confira o vídeo:
