Redação Lado A | 20 de Agosto, 2018 | 19h27m |
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O novo clipe de Sarah Mith, cantora e drag queen de Cuiabá, no Mato Grosso, está dando o que falar na internet. Intitulada “Bolsonaro Não”, a canção foi lançada na quinta-feira, dia 16 de agosto e viralizou nas redes sociais. A música é uma versão do famoso sucesso Bad Romance, da cantora Lady Gaga, outro ícone da comunidade LGBT.
A música contou com a produção e composição do produtor cultural e ator André D’Lucca, além do artista Eduardo Presente. André fez a composição de boa parte da canção apenas pesquisando os absurdos que Bolsonaro já disse. Frases como “dei uma fraquejada e nasceu uma mulher” e “se meu filho for gay eu resolvo na porrada”, ditas por Bolsonaro, serviram para inspirar a música. Além disso, o clipe de “Bolsonaro Não” tem muita dança com os dançarinos Douglas Paes de Barros e Ramer Conti. O elenco conta ainda com a participação de Paulo Alexia, que também é drag e da atriz Gisele Itiê.
A produção também foi realizada com a ajuda de movimentos importantes como o Mães Pela Diversidade. Poucos dias após o seu lançamento, o clipe já conta com mais de 27 mil visualizações. Os produtores gastaram aproximadamente R$250,00 para produzir o vídeo que ficou sensacional. A equipe ainda contou com o apoio do Cine Teatro de Cuiabá e MT Escola de Teatro.
O lançamento do clipe de “Bolsonaro Não” foi um grande ato político. No dia 16 de agosto foi permitido o início das campanhas políticas dos candidatos às eleições de 2018. Jair Bolsonaro, candidato extremamente conservador, machista e racista, é um dos políticos que almejam a presidência. Diante de sua aceitação cada vez mais avançada por pessoas conservadoras e LGBTfóbicas, o clipe de Sarah Mith expõe o absurdo que seria confiar os rumos do país a uma pessoa como Bolsonaro.
Peruca loira, muita maquiagem, salto, lente de contato e roupas impecáveis. É assim que o cabeleireiro Junio Ribeiro, de 33 anos, criou Sarah Mitch. Há 16 anos Ribeiro criou o seu “porta-voz”, como ele considera que seja a função de Sarah, uma forma de expressar ao mundo tudo que ele tem dentro de si.
Junio conta que a ideia de se montar como drag queen começou no início dos anos 2000, em um brincadeira com os amigos. O cabeleireiro foi convidado a comparecer em uma festa para dublar duas cantoras internacionais, como sempre fazia com os amigos. Foi então que Junio teve a ideia de ir caracterizado como drag queen, e desde esse dia seguiu se apresentando como Sarah Mitch.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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