Ainda sem ajuda da prefeitura, Parada LGBTI de Balneário Camboriú será em 18 de novembro

Redação Lado A 09 de Novembro, 2018 16h48m

Com o tema “Por uma vida TRANSbordante: travestis, mulheres e homens trans existem e resistem”, a Parada LGBTI de Balneário Camboriú está marcada para o dia 18 de novembro. A edição desse ano vem para reivindicar os direitos e o respeito à comunidade trans, grupo discriminado e fortemente violentado no Brasil.

A Parada LGBTI de Balneário Camboriú está agendada para começar a partir das 14 horas. A concentração para o grande evento acontecerá na Avenida Atlântica, localizada na Barra Sul. Os trios elétricos guiarão o público até a praça Almirante Tamandaré, onde acontecerão as atrações confirmadas para essa edição. A Parada LGBTI tem previsão de término por volta das 19 horas. Ainda assim, algumas casas noturnas ainda receberão o público.

A organização da Parada LGBTI de Balneário Camboriú é formada pela Associação da Parada da Diversidade. Além disso, o evento contará com o apoio e presença do grupo Mães Pela Diversidade. A entidade será responsável pela abertura do evento no dia 18 de novembro. Outras frentes fazem parte da construção da Parada LGBTI de Balneário Camboriú como o Grupo Semear Diversidade, Grupo Amigos & Tribos e Plastine Eventos Drag Night.

Prefeitura

Apesar de já estar tudo pronto para a festa, a organização da Parada da Diversidade sofreu algumas dificuldades. Desde o início do ano, a prefeitura de Balneário Camboriú vem dificultando a organização e liberação do espaço para o evento. De acordo com a organização da Parada, um pedido de apoio para a estrutura do evento foi enviada para a prefeitura. Pouco tempo depois, um membro do governo municipal teria entrado em contato com os organizadores do evento dizendo que não haveria autorização.

Prevendo os empecilhos colocados pela prefeitura, como nos anos anteriores, a organização da Parada acionou o Ministério Público. Por outro lado, o prefeito Fabricio Oliveira (PSB) alegou que o pedido de apoio só aconteceu recentemente. Por isso, o documento ainda estaria em fase de análise.

A proibição inicial para o acontecimento do evento pode ter motivação religiosa. O prefeito Fabricio Oliveira é evangélico neopentecostal e por isso estaria dificultando o evento. No entanto, de acordo com a assessoria da prefeitura, os impedimentos para a Parada LGBTI não têm motivação religiosa. Diante desses fatos, a organização não descarta a possibilidade de entrar na Justiça novamente.

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