Agustin Fernandez auxiliará Damares Alves em questões sobre violência contra a mulher

Redação Lado A 19 de Fevereiro, 2019 18h08m

“Com sua sabedoria e estratégia, iremos desenvolver políticas de qualidade para capacitação profissional das vítimas.”. A publicação foi feita via Twitter por Damares Alves em referência ao maquiador gay Agustin Fernandez. A ministra do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos convidou o uruguaio para ajudar a fomentar projetos para combater a violência contra a mulher.

Nesta terça-feira, 19 de fevereiro, Agustin Fernandez compareceu a um encontro com a ministra em seu gabinete em Brasília. De acordo com a ministra, Agustin poderá colaborar para desenvolver estratégias para tentar combater a violência de gênero. Aguntin é conhecido por “trair” o movimento LGBTI+ ao apoiar o atual presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Assim que assumiu o seu mandato, Damares virou polêmica nas redes sociais por suas afirmações. No dia de sua posse, ela disse que “menina veste rosa e menino veste azul”. Por isso, após o encontro com a ministra, Agustin gravou um vídeo em que questiona a roupa azul da ministra. Damares então disse que essa cor também pode fazer parte do vestuário feminino.

“Amo Agustin! Queria muito conhecê-lo pessoalmente.”, postou a ministra no Instagram. Ela publicou uma foto em que aparece com o maquiador e anunciou que seus projetos farão parte do dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Segundo a legenda de Damares “a reunião foi fantástica”.

Nas redes sociais, o convite de Damares para Agustin Fernandez gerou desaprovação. Inúmeros internautas questionaram a presença de um homem para tratar de assuntos relacionados às mulheres. Apesar de “afeminado”, Agustin está longe de conseguir debater sobre políticas públicas para mulheres. Além disso, tanto Damares quanto Agustin defendem um presidente declaradamente LGBTfóbico e machista. Nas palavras de Jair Bolsonaro, “mulher tem que ganhar menos porque engravida.”. Em relação à sua filha caçula, Laura Bolsonaro, o presidente a considera uma “fraquejada”.

Sara Winter

Outra escolha de Damares que desagradou a população feminina foi Sara Winter. Embora mulher, Winter se considera ex-feminista e fez uma grande campanha para a eleição de Jair Bolsonaro. Sara ficaria responsável pela Secretaria Nacional de Política para Mulheres. A ex-feminista só estaria esperando a resposta de outros órgãos do ministério para formalizar a sua “contratação”. Segundo informações da Folha de São Paulo, Sara receberia em torno de R$ 6 mil reais.

Sara foi uma das líderes do grupo “Femen”, um movimento feminista fundado em 2008 na Ucrânia. O movimento foi duramente criticado após ficar conhecido por suas manifestações de topless. Após se separar da militância, Sara escreveu um livro criticando o movimento e alegando que a sua decepção foi quando engravidou e foi induzida ao aborto. Depois desse período, Sara se dedica ao trabalho de levar a ideologia anti-feminista para mais mulheres que ela acredita que precisem se libertar. Em 2018, fundou o 1º Congresso Antifeminista e tentou levar para algumas universidades no Brasil.

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