Irlanda do Norte, província do Reino Unido, legaliza aborto e casamento  homoafetivo  

A Irlanda do Norte é uma província do Reino Unido que, através do Parlamento do Reino Unido, legalizou o aborto e o casamento homoafetivo. A decisão foi divulgada neste terça-feira, dia 22 de outubro, mas a legalização já foi assunto de discussão antes. Apesar da forte oposição, deputados britânicos decidiram pela legalização.

A Irlanda do Norte não possui um legislativo específico, devido à um escândalo político que ocorreu em 2017. Assim, as decisões sobre normas do território ficam a cargo do parlamento de Londres. Por isso, deputados britânicos começaram a aprovar emendas para ceder direitos na Irlanda do Norte que já estavam em vigor no restante do Reino Unido.

Diante desses trâmites políticos e jurídicos, os parlamentares impuseram um condição para a legalização do casamento homoafetivo e aborto. Se o território da Irlanda do Norte não formasse um parlamento até dia 21 de outubro, automaticamente as normas previamente discutidas seriam aprovadas. Assim, a população da Irlanda do Norte ganhou o direito ao aborto e casamento homoafetivo.

Oposição

Conservadores britânicos fizeram uma forte oposição contra a aprovação das leis, principalmente com relação ao aborto. Os partidos como Unionista Democrático (DUP) lamentaram a decisão. De acordo com as siglas conservadoras, a norma do aborto fere a dignidade humana.

Enquanto havia oposição no Parlamento, nas ruas não foi diferente. Milhares se reuniram em frente à sede do que seria o Parlamento da Irlanda do Norte protestando contra a medida. Ocupando o mesmo espaço estavam manifestantes pró-aborto e a favor do casamento homoafetivo.

De acordo com ativistas conservadores, as novas leis foram aprovadas por parlamentares britânicos, não necessariamente norte-irlandeses. Assim, eles consideram que a medida foi anti-democrática pois não representa a vontade da população da província. Por outro lado, o casamento homoafetivo e o aborto já eram legalizados em outras localidades do Reino Unido.