Redação Lado A | 29 de Maio, 2014 | 23h54m |
COMPARTILHAR |
TAGS |
Valorizamos a liberdade de pensamento e expressão, bem como o exercício da fé, mas tais declarações e posicionamentos são nocivos e devem ser combatidos, sobretudo a quem prega o amor e o exemplo. São ainda sinais de ignorância, uma vez que geralmente não possuem argumentos racionais e tem fundamentação em fanatismos, insensibilidade ou auto promoção.
Vale fazer notar que o discurso encontra abrigo nos mais diversos partidos políticos, não apenas na dita direita reacionária.
Autorizamos a reprodução da lista desde que citada a fonte e fornecido link para esta publicação.
Pastor Everaldo Pereira – Vice presidente do Partido Social Cristão, PSC, partido que abriga a maior quantidade de políticos que se manifestam usando a Bíblia para condenar a homossexualidade publicamente e atuam contra leis a favor dos direitos LGBT no país. Pastor da Assembleia de Deus, apoiou a permanência de Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, em 2013, e foi um dos idealizadores da campanha “homem + mulher =família”, do partido em 2012. O presidente do partido, Vítor Nósseis, apesar de ser um teórico inteligente e de idéias galgadas no verdadeiro socialismo cristão, permite que o veio preconceituoso, liderado pelo vice, prevaleça. Com candidatos puxadores de voto, como Ratinho Junior no Paraná, a bancada avança e multiplica o discurso religioso conservador. O partido articulou este ano, junto com o restante da bancada evangélica, a retirada do termo “orientação sexual” das diretrizes do Plano Nacional de Educação, alterando o texto para “todas as formas de preconceito”, para mais uma vez barrar uma ação direta contra a homofobia nas escolas.
Marisa Lobo – Psicóloga paranaense que defende o direito de tratamento de homossexuais que desejam deixar a homossexualidade e teoriza sobre a psicologia cristã, em que afirma que ex-gays existem e devem ter direito a ajuda profissional. Apoiada em preceitos religiosos, ela diz não ser homofóbica e ter amigos gays. Corre risco de ter seu diploma profissional cassado por suas declarações. Membro da Igreja Batista, ela encontrou na Câmara apoio a suas demandas e pretende se lançar candidata à deputada estadual.
Dep. Fed. João Campos – Autor do projeto de decreto legislativo para derrubar a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento de homossexuais, o deputado federal (PSDB-GO) deu início à discussão do tema e fez declarações a favor da família tradicional, citou a Bíblia, e reverberou opiniões preconceituosas. Ele também quis derrubar, por meio de um PDL, a decisão do Conselho Nacional de Justiça que viabilizou o reconhecimento do casamento gay em todo o país.
Dep. Fed. Marco Feliciano – Pastor de sua própria igreja e Deputado Federal (PSC-SP), ganhou notoriedade ao se posicionar contra a comunidade gay e a fazer declarações racistas com base na Bíblia. Com estilo pessoal cheio de cuidados com a beleza, foi eleito por seu partido presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, em 2013. Acusando a comissão de servir apenas aos interesses da comunidade gay, barrou projetos e aprovou em seu mandato. O famigerado projeto de lei da “Cura Gay”, que depois saiu de pauta a pedido do autor, deputado João Campos (PSDB-GO), pressionado pelo seu partido, chegou a passar pela comissão presidida pelo deputado.
Dep. Fed. Jair Bolsonaro – Antes mesmo da bancada evangélica perceber o potencial midiático das polêmicas que envolvem os projetos voltados aos homossexuais, o deputado federal fluminense (PP-RJ) partiu em defesa da “família tradicional” e contra a comunidade gay ao se deparar com um projeto que abordaria a homossexualidade nas escolas a fim de combater a homofobia. Fez declarações pesadas, ganhou mídia, e abriu a onda de discursos homofóbicos. Mais uma vez, atuou contra os gays defendendo o projeto de “Cura Gay” no ano passado.
Senador Magno Malta – O senador carioca (PR-ES) é o líder evangélico no Senado Federal e responsável no Senado pela tranca de pautas e alianças contrárias aos projetos que visam melhorar a qualidade de vida da comunidade gay no país. Ele tem discurso preconceituoso, baseado em sua religião, e prega o direito da maioria como se isso fosse democracia.
Presidenta Dilma Rousseff: Presidenta do Brasil, candidata a reeleição pelo Partido dos Trabalhadores, apesar de ultimamente ter criado abertura com a comunidade gay nas mídias sociais, fez pacto político com evangélicos para não apoiar iniciativas que promovam direitos a comunidade gay em troca de apoio em sua primeira eleição. Em seu governo retirou um projeto educacional do Ministério da Educação contra a homofobia nas escolas e afirmou que sua administração “não faz propaganda de orientações sexuais”. Em 2011, ela declarou: “O governo defende a educação e a luta contra a prática homofóbica. No entanto, no governo, não vai ser permitido a nenhum orgão do governo, fazer propaganda de opções sexuais”. A ministra Ideli Salvatti orquestrou a não aprovação do projeto de lei PLC 122, que criminalizaria a homofobia, ordem partida do Palácio do Planalto, em 2013. Suspeita-se que a ineficiência da pasta de Direitos Humanos no combate à homofobia, então com Maria do Rosário, e agora com Idelli, também tenha sido resultado da falta de vontade política do Planalto. O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante sua gestão proibiu uma campanha de prevenção voltada aos homossexuais no Carnaval, em 2011. Depois, no ano passado, proibiu a veiculação da ação “Eu sou feliz sendo prostituta” que tinha como objetivo ajudar na conscientização e prevenção à Aids e outras DSTs. Durante a permanência do ministro houve ainda “um apagão”, como dizem os militantes, na prevenção a DSTs voltada aos homossexuais. Por isso, somamos as indicações a estes quatro petistas, que resultaram no nome da chefe do executivo, ao nosso ver responsável por seu governo, em nossa lista.
Revista Lado A – https://revistaladoa.com.br/2014/05/noticias/veja-quem-sao-os-10-inimigos-publicos-dos-gays-em-2014
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
COMPARTILHAR |
TAGS |