Redação Lado A | 08 de Junho, 2015 | 08h15m |
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Pessoas de todos os tipos e orientações sexuais participam do evento todos os anos mas a mídia como sempre deu sempre destaque para as drag queens, transexuais, travestis, homens sarados sem camisa e parte da comunidade repete que evento virou um Carnaval e perdeu seu propósito. O esforço da organização para manter o caráter de protesto do evento e de muitos participantes garantiu que pautas importantes como a criminalização da homofobia, a homofobia religiosa, as questões de gênero não ficassem de fora do evento. Os altos índices de assassinatos de LGBTS por conta de sua identidade sexual, seja direta ou indiretamente, foi uma das maiores cobranças feitas no evento, que pediu mais uma vez a criminalização urgente destes crimes de ódio.
Cartazes de ativistas independentes eram vistos em todos os eventos com humor ou reivindicações somaram-se as vozes que pediam por igualdade e celebravam a data especial do Dia do Orgulho Gay, 28 de junho. Brigas e furtos mais uma vez marcaram o evento, apesar do forte policiamento. O evento teve um incidente de dispersão policial com bombas de efeito moral e correria por volta das 21 horas, apesar da liberação das ruas próximas a Consolação e limpeza da via ter ocorrido bem antes. A imagem de uma travesti seminua coberta de tinta vermelha e crucificada com um cartaz lembrando as mortes dos LGBTs no país com os dizeres “Basta Homofobia LGBT” foi uma das imagens mais emblemáticas do evento.
Pastores evangélicos já criticaram o protesto, como em todos os anos, e tudo parece que foi igual apesar do menor investimento da prefeitura da capital paulistanesta edição. Mais uma vez transexuais, travestis e lésbicas reclamaram que o evento destaca as demandas da comunidade gay e tira visibilidade das outras causas. Muitos gays preferiram aproveitar as baladas e ignoraram o evento, mas a data mais uma vez foi celebrada com sucesso e de maneira mais organizada e sem incidentes trágicos.
O grande destaque deste ano foi que antes do evento a mídia ressaltou que “apesar da crise”, a lotação de hotéis se manteve alta, próxima de 90%, e que a Parada traria grandes somas para a cidade. Estima-se que o evento gerou 60 milhões de reais de movimentação durante o final de semana.
Fotos: Cesar Ogata/SECOM
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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