Redação Lado A | 03 de Maio, 2018 | 19h06m |
COMPARTILHAR |
TAGS |
No último dia 11 de abril, a coordenação de políticas para a Diversidade Sexual, da Assessoria de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, realizou reunião para apresentar as ações realizadas no primeiro ano de atividades da pasta inédita, além de apresentar o planejamento para o segundo ano da gestão. O encontro realizado no auditório da Coordenação da Política para as Pessoas com Deficiência, no Cristo Rei, reuniu representantes da sociedade civil organizada, de diversas secretarias da prefeitura e ainda da Secretaria de Justiça do Paraná.
Entre os dados apresentados pelo assessor das políticas da Diversidade Sexual Allan Johan, está o texto em finalização do I relatório de LGBTfobia e Diversidade Sexual de Curitiba. O documento, que será público, reúne diversos dados de violência e as ações realizadas pela coordenação, e será lançado no próximo dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à LGBTfobia.
Nos primeiros 12 meses de trabalho, foram atendidas 72 violações de direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Entre os casos acompanhados pela coordenação estão situações de agressão, preconceito, vulnerabilidade social e conflitos familiares.
Johan lembra que o enfoque dado em 2017 foi principalmente na situação dos adolescentes LGBT em suas casas. A formação e elaboração do protocolo “Laços de Família”, para resolução de conflitos em lares com filhos LGBT, voltado para os conselheiros tutelares do município, resultou em um marco. Durante 2017 não foram registrados casos de adolescentes LGBTs que deram entrada na rede municipal de acolhimento por não aceitação dos pais. A coordenação acompanhou 11 casos de conflitos durante o ano anterior.
Para 2018, a coordenação pretende focar os trabalhos na questão da vulnerabilidade para o suicídio dos adolescentes LGBT, da empregabilidade das pessoas trans, além da promoção do respeito e de ações de prevenção ao HIV. “São temas que hoje a sociedade não discute mas que impactam diretamente na qualidade de vida da população LGBT, diariamente”, explica o assessor Allan Johan.
No ano passado foram 26 casos de tentativas de suicídio por parte de adolescentes LGBT no município, um aumento de 210%, segundo o SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A vulnerabilidade de travestis e transexuais é agravada com a falta de trabalho, por isso a coordenação coloca em pauta o projeto “Cidadania T”, com uma rede para promover a empregabilidade desta população.
Estiveram presentes na reunião: o fundador do grupo Dignidade, Toni Reis; a presidente do Transgrupo Marcela Prado, Sabrina Mab Taborda; Lucas Siqueira, da Aliança LGBT; Ana Raggio do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, da Secretaria Estadual de Justiça; A gestora da Casa da Mulher LBT da FAS, Christiane Sauer Silva; Além de membros da equipe técnica do Conselho Tutelar, Roberto Baptista Lourenço e Ronaldo da Silveira Filho; Representante do programa Pró Equidade SMRH, Beatriz Andreguetto Orasmo; e representantes do IMAP Maria Amélia Kugler Mendes e Salete Floriani.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
COMPARTILHAR |
TAGS |