TSE libera comparar Bolsonaro a Hitler

Redação Lado A 06 de Setembro, 2018 18h19m

Uma charge publicada pelo jornalista Ricardo Noblat, da Revista Veja, incomodou o candidato à presidência Jair Bolsonaro. A publicação em questão colocava em uma imagem os líderes fascista e nazista Adolf Hitler e Benito Mussolini com a frase “Bolsonaro. Sempre”. A comparação entre eles e Bolsonaro rendeu um processo que foi julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na noite de quarta-feira, 4 de setembro, o TSE, no entanto, não aceitou a censura de Bolsonaro contra a charge. Após a decisão do ministro Carlos Horbach, o tribunal decidiu por unanimidade que o candidato não teria direito de resposta. Para os ministros do TSE, censurar a charge vai contra os princípios de liberdade de expressão. Além disso, o tribunal não considerou o conteúdo da publicação como ofensivo.

Segundo Jair Bolsonaro, a charge prejudicaria sua “ampla aceitação” pelos eleitores. Além disso, o candidato argumentou que tem um grande eleitorado judeu, que poderia se sentir ofendido com a comparação. Ele também solicitou que a charge fosse retirada de circulação, no entanto, o TSE também negou esse recurso.

Comparado a Hitler

Apesar de solicitar a censura da charge em questão nesse momento de eleição, Bolsonaro não se ofendeu quando, em outras ocasiões, foi comparado a Hitler. Em 2011 manifestantes seguravam cartazes em que Bolsonaro aparecia com um bigode igual ao do nazista. Após as imagens circularem pela internet, o candidato deu uma entrevista ao G1, datada de 6 de abril de 2011, em que diz não estar ofendido. Pelo contrário, o candidato disse que preferia aparecer com o bigode de Hitler nas imagens dos cartazes do que de batom, “em uma passeata gay”. Para ilustrar a matéria do G1, Bolsonaro até posou para uma foto com o cartaz na mão.

 

 

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