Redação Lado A | 28 de Junho, 2019 | 10h53m |
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Os pais da jovem Raíssa Sotero Rezende, de 14 anos, estão muito abalados pela morte brutal da filha. O pai da jovem, que não quis se identificar, afirmou que está “destruído por dentro” mas pretende dar continuidade ao processo de investigação. Já a mãe da jovem, Gerlane Sotero, disse que espera que as jovens responsáveis pelo crime paguem na Justiça.
Raíssa foi assassinada na praia de Maria Farinha, em Paulista, na Região Metropolitana de Recife. Na manhã de terça-feira, 25 de junho, Raíssa foi atraída por duas jovens de 15 anos para uma praia deserta. No local, as duas filmaram as agressões contra a vítima e colocaram as imagens na internet. O vídeo mostra uma série de atrocidades contra a adolescente.
A filmagem é de autoria de uma das adolescentes, de 15 anos, que é ex-namorada de Raíssa. Já a outra jovem envolvida no caso, da mesma idade, aparece dando socos e chutes na vítima enquanto a afoga na água do mar. Segundo informações da polícia, as assassinas eram namoradas e mataram a vítima por ciúmes. Além dos socos, as adolescentes mataram a vítima com golpes de estilete.
Raíssa morava com o pai e a avó antes de se mudar, há dois meses, para a casa da mãe. Após terminar o relacionamento de dois anos com uma das assassinas, Raíssa começou um relacionamento com um rapaz. A ex-namorada não aceitava o novo relacionamento da adolescente e planejou o crime. Já a outra jovem acusada do crime seria a atual namorada da outra acusada e tinha ciúmes do passado dela com Raíssa.
As adolescentes acusadas pelo crime foram apreendidas horas após o crime, sem demonstrar nenhum arrependimento, segundo afirma a polícia. Ao prestar depoimento, elas estariam agressivas e sob o efeito de drogas.
Durante o relacionamento com a ex-namorada acusada pelo crime, Raíssa chegou a fugir de casa. A jovem ficou dois meses longe da família junto com a ex-namorada. Ao retornar para casa após o fim do relacionamento, a vítima se queixou de sofrer ameaças e agressões com faca por parte da ex-namorada.
Após o fim do relacionamento, Raíssa precisou trocar de escola devido às perseguições. A ex-namorada, junto com a outra jovem acusada pelo crime, assediavam constantemente a vítima. Além disso, as duas adolescentes já tinham passagem pela polícia por roubo e tentativa de homicídio.
O pai de Raíssa ficou sabendo das agressões após assistir o vídeo do assassinato que estava circulando nas redes sociais. Em choque, o pai, a mãe e o atual namorado de Raíssa foram reconhecer o corpo. As adolescentes acusadas do crime responderão por ato infracional equiparado a homicídio na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
Sobre o relacionamento da filha com a ex-namorada, o pai disse que nunca se opôs. A única ressalva da família era sobre o comportamento da acusada. De acordo com o pai, a filha poderia namorar outra mulher, desde que fosse uma pessoa de caráter.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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