Ativistas pedem justiça pelo assassinato de militante LGBTI+ de Pernambuco

Redação Lado A 02 de Julho, 2019 16h09m

Nesta segunda-feira (1º), ativistas se reuniram na Assembleia Legislativa de Pernambuco para pedir justiça pelo morte de Sandro Cipriano. A vítima era ativista pelos direitos LGBT+ e educador. Após dois dias de busca, o corpo do ativista foi encontrado no sábado, 27, na cidade de Pombos, em Pernambuco.

Sandro Cipriano, de 35 anos, era professor de Agroecologia na ONG Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta). Além disso, o ativista lutava pela educação e inclusão de pessoas LGBTI+ há mais de vinte anos. Por isso, os ativistas, além de cobrar um posicionamento das autoridades, pretendem continuar a luta de Cipriano.

De acordo com Rivânia Rodrigues, do Fórum LGBT de Pernambuco, a lei de criminalização da homofobia é pouco. A ativista relatou que o caso de Sandro não pode ficar impune como vários outros que estão acontecendo na região. Pela forma que o corpo foi encontrado todos acreditam em crime de ódio, mesmo que a investigação ainda esteja correndo.

Após a sessão na Assembléia de Pernambuco, os ativistas seguiram para a Secretaria de Defesa Social, em Recife. No local, o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, foi cobrado para que haja rigor nas investigações. Além disso, os ativistas pediram uma maior movimentação para formular políticas públicas para a defesa de LGBTs no município.

O crime

O corpo de Sandro Cripriano Pereira foi encontrado no sábado, dia 29 de junho. O cadáver estava na propriedade de um sítio localizado na zona rural do município de Pombos, nas Zona da Mata de Pernambuco. Cipriano estava desaparecido desde o dia 27 de junho, quinta-feira. De acordo com as autoridades médicas do Instituto de Medicina Legal do Recife, a causa da morte foi uma lesão na cabeça. Sandro apresentava uma perfuração causada por tiro.

O carro da vítima foi encontrado carbonizado no domingo, no loteamento Menino Jesus, na BR-232, também em Pombos. Durante as investigações, a polícia foi até a casa da vítima onde constatou indícios do crime. No local, os investigadores encontraram manchas de sangue no chão e os pertences revirados.

Testemunhas informaram que Sandro foi visto pela última vez às 19h30 do dia de seu desaparecimento, 27 de junho. Por outro lado, parentes e amigos não deram informações que pudessem ajudar a encontrar o suspeito pelo crime. Isso porque Cipriano não teria comentado com ninguém sobre desavenças ou ameaças. A polícia investiga o caso.

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