Trans que teve dente quebrado em SP receberá ajuda de ONG para restauração

Nesta quinta-feira (9), a transexual Priscyla Rodrigues, de 26 anos, foi agredida por um homem na Zona Sul de São Paulo. A vítima é garota de programa e mora na capital paulista há quatro anos.

A agressão foi gravada por uma amiga de Priscyla, e o vídeo circulou nas redes sociais na semana passada. Nas imagens, o homem ataca a transexual com chutes e socos. Em outro vídeo, o mesmo agressor aparece jogando água em outra mulher. A vítima pede para que a amiga, que gravou a cena, chamar a polícia. Priscyla também gravou um vídeo onde mostra as agressões e pede por justica. Ela registrou Boletim de Ocorrência na delegacia. Segundo informações da polícia, o agressor mora no bairro Saúde, mesmo local onde Priscyla e sua amiga trabalham e onde aconteceu a agressão.

O caso foi registrado pela polícia como lesão corporal, embora a vítima afirme que sofreu agressão por transfobia. Priscyla ficou com vários hematomas, bateu a cabeça e quebrou um dente, além de ter lesionado o nariz. “Ele destruiu meu sorriso”, diz a transexual no vídeo. Segundo a vítima e outras transexuais que trabalham no local, o homem é reincidente nas agressões. Agora, a polícia pretende usar as imagens para encontrar o agressor.

ONG Turma do Bem

Com a divulgação do vídeo da agressão por Priscyla, a ONG Turma do Bem tomou conhecimento do caso. Para entrar em contato com a vítima, a organização procurou pelo ativista Agripino Magalhães, que está ajudando Priscyla juridicamente.

Os dentistas da Turma do Bem, assim como os demais membros, ficaram chocados com as imagens da agressão. Para ajudar a vítima, os dentistas se ofereceram para devolver a ela o seu sorriso. Acredita-se que em até dois meses Priscyla possa voltar a sorrir.

A ONG é especialista no atendimento de mulheres cis ou trans que tenham lesionado a boca por causa de agressões.

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