Travesti e moradores de rua são suspeitos pela morte de gerente de moda em Curitiba

O consultor de moda Luiz Mariano Machado, de 41 anos, foi encontrado morto por duas mulheres que passavam de carro na região do bairro Rebouças em Curitiba. O homem foi visto na madrugada de domingo, 29 de maio, dentro de um carro parado às 4 horas da manhã na Rua Lamenha Lins, esquina com a Rua Engenheiros Rebouças.

A investigação está sob a responsabilidade da Polícia Civil, nas mãos do delegado Tito Lívio Barrichello. Os investigadores levantaram imagens de câmeras de segurança próximo ao local onde o corpo foi encontrado com uma facada no pescoço. Na gravação moradores de rua e uma travesti aparecem fugindo da cena do crime.

Em sua rede social, a travesti que não teve sua identidade revelada postou que saiu sim com a vítima, mas nega qualquer envolvimento com o crime. No veículo de Luiz, um Ford Ka preto, foram encontrados preservativos, inclusive usados. A polícia fará exames para saber de quem é o material genético. A travesti teria enviado áudios para uma amiga em que afirma ter saído com Luiz e estava com ele no momento em que estacionou o carro no local do crime. Segundo ela, dois mendigos se aproximaram e roubaram o celular da vítima, que saiu correndo atrás dele. Depois disso, Luiz voltou pro carro já ferido enquanto a travesti se evadiu do local. Diante das acusações, o advogado Elias Bueno, defensor da travesti, compareceu a delegacia para marcar uma data para o depoimento dela.

Barichello acredita em crime passional devido ao tipo das lesões. Segundo o delegado, as perfurações podem ter sido feitas com algum objeto pontiagudo de improviso, como uma chave de fenda ou uma faca. O policial acredita ainda que o crime não foi premeditado, ou teria sido executado com outros recursos, como uma arma de fogo. Para o delegado, a vítima estava vulnerável no momento do crime e teria descido do carro antes de ser atacado. Além de crime passional, os investigadores acreditam que Luiz poderia ter se envolvido em alguma confusão com os moradores de rua da região, conforme relata a travesti acusada pelo crime em sua rede social.