Acusados por agressão homofóbica em Goiânia são liberados da prisão

Os estudantes Caio César Rodrigues Sampaio e Lucas Vilela Martins foram acusados de agressão homofóbica. A vítima, Antônio Oliveira Filho, de 24 anos, foi perseguido com xingamentos homofóbicos e chegou a ser agredido pelos estudantes de 20 anos. Após o ocorrido, os jovens foram apreendidos pela polícia.

O caso seria o primeiro a ser julgado nos moldes da criminalização da homofobia. De acordo com a nova lei, o crime de homofobia está equiparado ao de racismo. Assim, os criminosos poderiam pegar até cinco anos de prisão, sendo que a pena é inafiançável. Por outro lado, os acusados já estão nas ruas de Goiânia.

O crime teve comprovação através de imagens de câmeras de segurança. No entanto, apesar das comprovações, os acusados não estão mais atrás das grades. Os dois foram libertados na madrugada desta segunda-feira (22). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Caetano, a prisão não foi prorrogada porque não há necessidade para tal.

A libertação dos acusados aconteceu porque o prazo da prisão temporária já expirou. Além disso, o inquérito deve ser concluído ainda essa semana. A polícia ainda não informou se, posteriormente, haverá algum julgamento que reverterá a liberdade em pena de reclusão.

Sobre as acusações de homofobia, os criminosos e a defesa negaram o crime. Segundo a vítima, os agressores fizeram xingamentos homofóbicos e disseram que Antônio deveria morrer. Nas imagens das câmeras que registraram a agressão, no entanto, não há como provar os xingamentos.

A defesa alegou ainda que a possibilidade de crime de homofobia está completamente fora de cogitação. De acordo com a defesa, os acusados desconheciam a orientação sexual da vítima. Além disso, a defesa argumentou que os jovens convivem diariamente com LGBTs e que por isso não teriam cometido crime de homofobia.