Por onde anda a drag Maria Paraguaya, sucesso nos anos 2000 em Curitiba

Redação Lado A 15 de Agosto, 2020 18h39m

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Curitiba já nos deu muitas drags marcantes, a cidade é origem de muitas artistas inesquecíveis. Uma delas, a Maria Paraguaya, que fazia sucesso em festas e eventos. Ela deixou saudades. Por isso, entramos em contato com o Wander Buachack, para insistir em falar de sua personagem.

Ele, bem humorado como a personagem, sugeriu o título: “Exclusivo!!! “PARAGUAYA” a lendária e carismática drag de Curitiba, que fez seu sucesso na década de 2000 morou por anos debaixo do viaduto em SP”. Calma, é brincadeira. Ele de fato mora em São Paulo mas a drag permanece no armário há um tempo. Wander se mudou para lá em 2005, até usou a personagem para vender bombons caseiros mas logo a aposentou.

“Dentre as Drags mais badaladas e divertidas que reinaram em Curitiba na década dos anos 2000 estava ela… MARIA PARAGUAYA, sempre colorida, florida, emplumada e purpurinada, com seu carisma contagiante e super extrovertida. Não raro estava ela parando a Av. 7 de Setembro, Alameda Dr. Muricy ou o Largo da Ordem. Sempre animando os clientes que aguardavam para entrar nas baladas Cats Club e Box Club.

Paraguaya não só alegrava os clientes, mas sim todos que ali passavam. Desde pedestres, taxistas, motoristas de ônibus, policiais, moradores de rua, camelôs, enfim, ninguém conseguia ficar indiferente ao ver aquela alegoria ambulante em cena. E a brincadeira continua:


* Mensagem de PARAGUAYA para revista LADO A via whatsapp de um médium:
(PARAGUAYA) – Bichaaa! Fiquei sabendo que a senhora estava desesperada atrás de mim, o que aconteceu? Fiquei te devendo alguma coisa? Não entreguei o teu pedido da Natura? Aquela sua tapeware que eu trouxe bolo de coco naquela festa de Cosme e Damião eu já devolvi faz tempo, viu!

Menina, nem te conto, você nem sabe! Fui deportada dos EUA, acabei me escondendo numa carga de celulares da HAWEI rejeitadas por TRUMP, e acabei indo parar na China, onde quase fiquei presa numa fábrica de brinquedos para adultos. Fugi de lá com ajuda do Cirque Du Solei (que faliu) e atualmente estou novamente em São Paulo. Muitas coisas acontecendo.”

Brincadeiras à parte, Wander conta que ainda faz festas, mas agora infantis. “Quer dizer, sou uma MEGA EMPRESÁRIA de festas infantis… Faço papel de bruxa, Cinderela, Branca de Neve, Frozen, Dora Aventureira… Agora, falando sério, tenho uma empresa de eventos e ultimamente estava iniciando , junto com outros profissionais, um trabalho voltado para casamentos LGBTQs (Grupo @BeAtitude) um trabalho que vai além de fazer um evento, vemos como uma nova conquista e quebra de barreiras do meio LGBTQ. Porém, assim que fizemos nosso 2″ workshop veio a pandemia e então tudo ficou proibido. (Bom, geralmente proibido é uma delícia, mas não no caso de uma pandemia, né!?)”, conta ele.

A pedido da Lado, a Paraguaya participará de um bate papo em uma live que transmitiremos nas próximas semanas. Para a gente matar um pouco da saudade!

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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