Redação Lado A | 17 de Julho, 2018 | 17h59m |
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Durante os meses de junho e julho, dois crimes contribuíram para as estatísticas de mortes de LGBTs em Santa Catarina. Um deles ceifou avida da transexual Kamylla Roberta, de 30 anos, na sexta-feira, dia 6 de julho. O crime aconteceu no bairro Casnavieiras em Florianópolis, e o suspeito do crime foi detido na terça-feira, dia 10 de julho.
Moradora de Florianópolis há quatro anos, Kamylla veio da cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O corpo da vítima foi encontrado por uma amiga dentro de um apartamento no dia 7 de julho. Dentro do imóvel de propriedade de Kamylla, havia uma barra de ferro usada para matá-la com um golpe atrás da cabeça. No local havia indícios de briga, demonstrando que Kamylla lutou contra seu assassino.
A vítima era muito famosa na internet e frequentemente fazia vídeo para seus milhares de seguidores. Esse detalhe ajudou a polícia a encontrar testemunhas que levaram ao suspeito do crime. O namorado da vítima, Everton Menegildo, tem 21 anos e já está detido como responsável pelo crime. O suspeito de matar Kamylla foi capturado no município de Itapema, dirigindo o carro da namorada, um Ford Ka. Agora, o delegado Enio Matos, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, investiga o caso.
Em 4 de junho a transexual Myrella, de 29 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio no centro de Balneário Camboriú. O corpo estava embaixo de entulhos em uma propriedade ao lado de uma oficina mecânica. Por volta das 13h30 min, um funcionário do local avistou o corpo e acionou a Polícia Militar.
De acordo com informações da polícia, Myrella apresentava ferimentos no pescoço feitos por objeto cortante. Além disso, a alça da bolsa da vítima estava rompida e também pode ter sido usada como arma. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Balneário Camboriú mas só foi reconhecido uma semana depois.
Na terça-feira, dia 10 de junho, uma irmã da vítima veio do Mato Grosso do sul para fazer o reconhecimento do corpo. Myrella era natural da cidade de Aquidauana, no mesmo estado. A família da vítima não tinha condições de realizar o enterro, então uma equipe de assistentes sociais do município prestou apoio. No entanto, como Myrella morava em Camboriú, a família foi assistida pelo outro município.
Quanto às investigações, ainda não há sinal do suspeito. O IML ainda precisa enviar alguns laudos para dar sequência ao caso. Assim, a motivação do crime ainda não foi revelada e não houve testemunhas, o que dificulta a investigação.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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