Homossexual, secretário de Trump defende exclusão de transgênero do exército dos EUA

O porta-voz do presidente norte-americano Donald Trump, Judd Deere, defendeu a medida do governo que proíbe pessoas trans no serviço militar dos EUA. Deere demonstrou seu posicionamento durante uma entrevista ao Buzzfeed, publicada no primeiro dia de julho. Além de não concordar com as trans no exército, o porta-voz defendeu que o governo de Trump não é discriminatório com a comunidade LGBT+.

De acordo com Judd Deere, a ideia de que o governo de Trump não é receptivo com a comunidade LGBT+ é falsa. O secretário de imprensa afirmou que tais afirmações são difamações articuladas pela esquerda no país. Deere disse ainda que a oposição de Trump tende a falar sobre igualdade, até que “alguém os contrarie”.

Com relação às pessoas trans no exército, Deere disse que esse grupo “corrói a prontidão militar”. Segundo o secretário de Trump, existem estudos que comprovam a ineficiência de pessoas trans nas Forças Armadas norte-americanas. Segundo Deere, essa medida não significa que o governo de Trump seja seja discriminatório com a comunidade LGBT. Para justificar isso, o secretário disse que ele, como gay, é muito bem tratado dentro da Casa Branca pelo próprio Trump, para quem trabalha pessoalmente.

Outro comentário polêmico do porta-voz do governo citou um famoso caso de homofobia dos EUA. Em 2012, um casal teve sua encomenda de bolo de casamento recusada por Jack Philips, uma dos maiores confeiteiros do Colorado. O caso correu na justiça e por muito tempo discutiu-se a atitude homofóbica do confeiteiro. No entanto, para Deere, a situação poderia ser resolvida se o casal procurasse outro confeiteiro que aceitasse fazer o bolo.

Críticas

Por ser um republicano gay, Judd Deere disse que recebe muitas críticas. De acordo com o secretário, assim como Trump, ele é vítima de difamações por parte da “esquerda”. Além disso, ele conta que o presidente tem em mente politicas públicas para a dignidade da comunidade LGBT+ dos EUA. Uma delas seria a promessa do presidente em erradicar o HIV até 2030. Por outro lado, especialistas de saúde dizem que a iniciativa não tem chance de funcionar enquanto o Estado e sociedade estigmatizarem a comunidade LGBT+, principalmente as pessoas trans.

Ainda sobre as críticas, Deere disse não se importar. Enquanto muitos criticam um gay defensor de um governo supostamente “anti LGBT+”, Judd disse que não se deixa abalar. Além disso, o porta-voz afirmou que já foi chamado de “louco” por aceitar um cargo no governo de Trump. Por outro lado, Deere considera que está apenas fazendo o seu trabalho que aliás pode trazer avanços para a comunidade LGBT+ nos EUA.