Redação Lado A | 13 de Setembro, 2019 | 13h46m |
O estudante de biblioteconomia Vinícius Rafael, de 30 anos, denunciou nas redes sociais que sofreu agressões homofóbicas em Goiânia. O crime aconteceu após a 24ª Parada LGBT+ que aconteceu na cidade no domingo, dia 8 de setembro. Vinícius foi abordado na volta para casa quando sofreu espancamento e estupro.
De acordo com a denúncia, a vítima estava nas proximidades do Setor Central quando um desconhecido o abordou. Em seguida, o homem ordenou que Vinícius o acompanhasse até um local reservado, cercado por árvores que ficam em frente a um prédio na região. No local, o homem tentou manter relações sexuais forçadas com Vinícius que se recusou.
Diante da recusa da vítima, o homem desferiu o primeiro golpe na cabeça com uma barra de ferro. O criminoso queria que Vinícius fizesse sexo oral nele e mesmo depois da negativa, o homem feriu o rapaz e o estuprou. A vítima foi deixada na rua coberta de sangue quando foi socorrido por uma pessoa que o levou até a sua casa. Após contar o ocorrido para a família, Vinícius foi realizar a denúncia formal do ocorrido.
Com pontos na cabeça, a vítima seguiu até o Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames de corpo e delito. Depois, foi para a delegacia do 1º Distrito Policial para realizar o Boletim de Ocorrência.
De acordo com o delegado Glaydson Divino, as investigações ainda vão analisar se o crime é um caso de homofobia. Agora, o crime de homofobia pode ser equiparado ao de racismo, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF). Por outro lado, a agressão sofrida por Vinícius foi inicialmente registrada como estupro. Segundo o delegado, o jovem foi atacado após se recusar a fazer sexo e não teria sofrido agressão por ser não-binário, como Vinícius se identifica. A polícia informou ainda que usará as imagens das câmeras de segurança e possíveis testemunhas para elucidar o caso.
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