Redação Lado A | 26 de Julho, 2018 | 14h05m |
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A motorista do aplicativo de transportes Uber, Larissa Wichineski, de 38 anos recebeu uma premiação por ser uma das melhores parceiras. Residente em Curitiba, a motorista que é travesti começou em 2017 a sua transição, no mesmo ano em que começou a trabalhar para a Uber. Reconhecida pela empresa, Larissa recebeu uma boa surpresa ao ter seu nome feminino respeitado pelo aplicativo.
Durante muitos anos, Larissa viveu sob outro gênero com o qual nunca se identificou. Em consequência disso, se sentia cada vez mais infeliz e sentiu que chegava a hora de se assumir como travesti. As roupas masculinas foram deixadas para trás para dar lugar às maquiagens que, conforme declarou em vídeo no Youtube, gosta de passar durante seu trabalho no trânsito. Esse ritual é satisfatório para Larissa que se libertou de antigas regras e hoje vive mais feliz.
Ao participar da série “Por trás do nome”, divulgada no canal da Uber pelo Youtube, Larissa contou um pouco de seu processo de transição. Lançado em 17 de julho de 2018, a gravação já conta com mais de dois milhões de visualizações e mais de 4,5 mil curtidas. “Eu não sou o Leandro, eu sou a Larissa. Mundo, você está errado”, diz a motorista no vídeo.
Larissa trabalhava como massoterapeuta antes de começar a transição. Após se assumir, a motorista não conseguiu mais trabalhar em sua área. Larissa então procurou a Uber e começou a trabalhar como motorista. Através das avaliações que o aplicativo disponibiliza para que os usuários classifiquem os parceiros, Larissa ganhou reconhecimento por seu bom atendimento. “Como Larissa, eu ganho muito mais do que toda a minha vida como Leadnro, em reconhecimento e respeito”. A motorista então foi premiada como uma das parceiras mais bem avaliadas de Curitiba.
Wichineski é divorciada e tem dois filhos. A ex-esposa aceita a transição de Larissa, mas não conseguiu mais manter o relacionamento com ela. Quanto aos filhos, a motorista contou à revista Lado A que “as crianças são muito à frente da gente”. Larissa contou ainda que as crianças de 13 e 10 anos aceitam sua condição de travesti. Ela disse que não exige que eles se atentem aos pronomes corretos de tratamento. Por outro lado, ela observou que eles se corrigem quando, sem querer, se referem à Larissa com pronomes masculinos. Segundo a motorista, a relação com a mãe das crianças também é muito saudável.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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