Redação Lado A | 20 de Agosto, 2018 | 18h16m |
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O ativista LGBT Marcos Cruz Santana, o Marcos Tigrezza, foi encontrado morto no sábado, 18 de agosto, em Itororó, cidade do sul da Bahia, por volta das 2h30. Santana era presidente da Associação dos Movimentos Parceiros e Amigos da Saúde e Direitos Humanos das Minorias Sexuais. O ativista também participava da organização da Parada LGBT do município.
O corpo de Marcos, de 40 anos, foi encontrado na BA-263 que fica próximo da rodoviária de Itororó e da sede da associação em que ele era presidente. Segundo informações da Polícia Civil, o cadáver estava abandonado no meio da pista, o que levantou a suspeita de um atropelamento. Porém, ao dar sequência às investigações, a polícia constatou diversos ferimentos no corpo.
Para a delegada Déborah Soares Pereira, o corpo de Marcos foi abandonado no local após o assassinado. A investigadora constatou isso porque no local não havia sangue, o que teria acontecido uma vez que os ferimentos foram graves. Marcos foi encontrado com ferimentos no pescoço e na perna feitos com faca, além de alguns hematomas. O ativista ainda teve um dos dedos quebrado, o órgão genital cortado e o couro cabeludo retirado.
A morte de Marcos deixou seus amigos e familiares revoltados. O ativista era muito conhecido em sua região e um importante líder LGBT, por isso seus conhecidos estão pressionando as autoridades e pedindo por justiça. A maior reivindicação é de que o crime seja de fato investigado levando em conta a possibilidade de homofobia.
A Polícia Civil está investigando o caso e, a princípio, descartou a possibilidade de o crime se tratar de um caso de homofobia. De acordo com a delegada Deborah Pereira, a investigação trabalha com outras hipóteses que a delegacia ainda não quis divulgar. Assim como outra linha de investigação já foi estabelecida, existem também alguns suspeitos que serão chamados interrogados pela polícia.
Para o presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, o crime é claramente mais um caso de homofobia. Assim como em outros diversos casos, a investigação desconsidera a sexualidade ou identidade de gênero de vítimas LGBT. Para Cerqueira, as autoridades desconsideram os recorrentes casos de morte por LGBT e a impunidade aumenta esses números.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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